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Impasse político na Itália mantém navio com 134 imigrantes à deriva

Em meio a uma batalha entre ex-aliados políticos, o ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, impediu o desembarque do navio com imigrantes na Itália

Itália: a imigração se tornou um tema central do plano de Salvini para impor novas eleições (Guglielmo Mangiapane/Reuters)

Itália: a imigração se tornou um tema central do plano de Salvini para impor novas eleições (Guglielmo Mangiapane/Reuters)

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Reuters

Publicado em 16 de agosto de 2019 às 11h56.

Itália - Um navio de resgate com 134 imigrantes a bordo, a maioria africanos, aguardava no litoral da Itália nesta sexta-feira em meio a uma batalha entre ex-aliados políticos que impediu a embarcação de atracar em Lampedusa, ilha do sul do país.

O ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, determinou que suas autoridades impeçam o navio de desembarcar os imigrantes, que foram resgatados no litoral da Líbia 16 dias atrás, desafiando seu próprio primeiro-ministro e apesar de seis nações da União Europeia terem concordado em recebê-los.

O sofrimento dos imigrantes ressalta o colapso da coalizão governista italiana e como a imigração se tornou um tema central do plano de Salvini de impor novas eleições à nação e voltar ao poder como premiê.

Cinco pessoas seriamente traumatizadas foram retiradas do navio Open Arms, operado por uma organização espanhola homônima, na quinta-feira, acompanhados de quatro familiares. Outras três pessoas que necessitavam cuidado médico urgente foram levadas à terra firme durante a noite com um acompanhante, informou o Open Arms no Twitter.

"Elas estão se flagelando e ficando com raiva de outras pessoas do grupo", explicou Alessandro di Benedetto, psicólogo do grupo humanitário italiano Emergency, à rádio RAI depois de examinar as cinco pessoas desembarcadas na quinta-feira.

"Algumas delas estão tendo pensamentos suicidas, então pensam que é melhor morrer aqui do que voltar."

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