Coreia do Norte: Bermudez disse que os preparativos no submarino nas últimas semanas combinam com os feitos antes dos testes realizados previamente (Toru Hanai/Reuters)
AFP
Publicado em 11 de agosto de 2017 às 22h50.
Imagens de satélite recentes sugerem que a Coreia do Norte pode estar se preparando para realizar testes com mísseis balísticos submarinos, declarou um especialista militar nesta sexta-feira.
Joseph Bermudez, especialista em Defesa e Inteligência da Coreia do Norte, postou fotografias autorizadas no blog 38 North do Instituto EUA-Coreia na Universidade Johns Hopkins, e disse que isto poderia indicar os preparativos de um teste para o lançamento submarino de mísseis balísticos (SLBM).
"Imagens de satélite comerciais recentes sugerem que a Coreia do Norte pode estar acelerando o desenvolvimento do segmento marítimo de suas forças nucleares", disse.
Atividades de um míssil balístico submarino experimental SINPO-class no estaleiro e base de submarinos de Mayang-do, afirmou, sugerem que "a Coreia do Norte pode estar se preparando para uma nova série de testes de lançamentos 'no mar', que pode ter feito modificações ou atualizações nos sistemas de lançamento de submarinos, ou que está desenvolvendo uma versão mais avançada do Pukguksong-1".
O Pukguksong-1 é um SLBM que foi testado com sucesso pela primeira vez em 24 de agosto de 2016.
O míssil viajou 500 quilômetros em direção ao Japão, e o líder Kim Jong-Un disse na época que colocou o continente americano a um alcance impressionante de um submarino com base no Pacífico.
Bermudez disse que os preparativos no submarino nas últimas semanas combinam com os feitos antes dos testes realizados previamente.
Os preparativos ocorrem em um momento de escalada das ameaças entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte sobre os recentes desenvolvimentos tecnológicos de armas nucleares e o lançamento bem-sucedido de um míssil balístico intercontinental que, teoricamente, pode atingir cidades da costa leste americana.
Ao comprovar a existência de um sistema SLBM, a ameaça de um ataque nuclear da Coreia do Norte seria elevada a um novo nível, permitindo uma mobilização para além da península coreana e uma capacidade de proferir um "segundo ataque" caso suas bases militares sejam alvejadas.