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Igreja da Escócia avança para aceitação do casamento gay

A Igreja episcopal da Escócia, um ramo da Igreja Anglicana, deu um primeiro passo para a autorização dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo


	Casamento: assembleia votou por uma mudança que prevê retirar de sua doutrina uma frase que estipula o casamento como uma união "entre um homem e uma mulher"
 (AFP / Robyn Beck)

Casamento: assembleia votou por uma mudança que prevê retirar de sua doutrina uma frase que estipula o casamento como uma união "entre um homem e uma mulher" (AFP / Robyn Beck)

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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2016 às 19h24.

A Igreja episcopal da Escócia, um ramo da Igreja Anglicana, deu nesta sexta-feira um primeiro passo para a autorização dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo, durante uma assembleia em Edimburgo.

A assembleia votou por uma mudança que prevê retirar de sua doutrina uma frase que estipula o casamento como uma união "entre um homem e uma mulher".

Sete dioceses devem debater agora esta mudança, antes da próxima assembleia prevista para junho de 2017, quando deve ser realizada uma eventual adoção definitiva.

A reforma debatida prevê também uma cláusula de consciência, que permite aos eclesiásticos em desacordo não casarem pessoas do mesmo sexo, explica a Igreja episcopal em seu site.

A proposta de mudança contou com os votos de cinco das sete dioceses, de 69% do clero e de 80% dos laicos, segundo o jornal online "Christian today". Se forem mantidos esses resultados, poderia alcançar a maioria de dois terços necessária para aprovar a mudança no próximo ano.

Em janeiro, a Igreja anglicana fez uma sanção à Igreja episcopal dos Estados Unidos por ter reconhecido o casamento homossexual, e por isso ela não pode representar a Igreja anglicana em cultos ecumênicos e inter-religiosos durante três anos.

A questão do reconhecimento das uniões ou da ordenação de pessoas homossexuais sacode há anos o seio desta igreja de quase 85 milhões de fiéis, opondo os ramos mais liberais dos Estados Unidos e do Reino Unido, ao mais conservadores do Quênia ou da Nigéria, por exemplo.

Em 2014, o primaz da Igreja anglicana, o arcebispo de Canterbury Justin Welby, considerou "catastrófica" a perspectiva de reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo, já que, em seu julgamento, isto implicaria em ter cristãos sendo perseguidos em países mais agressivos com os homossexuais, como Nigéria ou Paquistão.

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