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Igreja Católica da Austrália escondeu acusações de pedofilia

Segundo o principal cardeal do país, as acusações foram acobertadas desde os anos 1930 por medo de um escândalo


	O arcebispo de Sydney George Pell: "apresento minhas desculpas, realmente sinto", declarou
 (AFP / Roslan Rahman)

O arcebispo de Sydney George Pell: "apresento minhas desculpas, realmente sinto", declarou (AFP / Roslan Rahman)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2013 às 09h56.

O medo de um escândalo levou a Igreja Católica da Austrália a acobertar as acusações de pedofilia desde os anos 1930, admitiu nesta segunda-feira o principal cardeal do país, no último dia de uma investigação governamental.

"A primeira motivação foi proteger a reputação da Igreja", declarou o cardeal George Pell, um dos oito cardeais selecionados pelo Papa Francisco para ajudar a reformar a Cúria.

"Se temia o escândalo", disse.

O governo do estado de Victoria (sul) iniciou uma investigação sobre os abusos sexuais cometidos em instituições religiosas ou privadas contra crianças. A Igreja reconheceu em 2012 que pelo menos 620 crianças foram vítimas, somente no estado, de abusos por padres desde os anos 1930.

"Apresento minhas desculpas, realmente sinto", declarou na segunda-feira o cardeal Pell, atualmente arcebispo de Sydney, no início da audiência.

Na semana passada, o arcebispo de Melbourne, Denis Hart, admitiu que a Igreja demorou muito para reagir ante as acusações de abusos sexuais.

O estado de Nova Gales do Sul também abriu uma investigação.

A nível nacional, uma investigação começou em abril e pretende ouvir 5.000 supostas vítimas de agressões em hospícios, escolas, igrejas, associações esportivas ou centros de detenção para menores.

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