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Idoso publica nota de falecimento para receber visitas

Incomodado com a falta de atenção por parte de seus familiares, um idoso emitiu uma nota de falecimento em um jornal para ser visitado


	Idosos sentados: "pessoas devem ser respeitadas enquanto vivas e não depois de mortas", disse Hajdar Lila, de 70 anos
 (Fernando Vivas/EXAME)

Idosos sentados: "pessoas devem ser respeitadas enquanto vivas e não depois de mortas", disse Hajdar Lila, de 70 anos (Fernando Vivas/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2013 às 09h08.

Tirana - Incomodado com a falta de atenção por parte de seus familiares, um idoso albanês articulou um curioso plano para ser visitado e, em pleno dia de seu aniversário, emitiu uma nota de falecimento em um jornal local.

Para tornar a notícia de sua morte ainda mais crível, Hajdar Lila, um cidadão de Fushe-Kruje, uma pequena cidade próxima a Tirana, também colou alguns cartazes na rua para anunciar sua morte, nos quais incluíu uma foto e dados pessoais.

"Faz quatro anos e meio que voltei do Canadá e meus filhos, irmãos e, inclusive, meus primos ainda não vieram tomar um café na minha casa", declarou Lila, de 70 anos, em declarações publicadas nesta terça-feira pelo portal "Shqiptarja.com".

O idoso relatou que passou muitos anos vivendo na Grécia e no Canadá, mas que sempre enviou dinheiro e notícias a sua família.

De acordo com Lila, seus amigos e familiares sempre se mostraram muito amáveis com ele, mas, aparentemente, apenas pelo dinheiro e pelos presentes que lhes enviava desde o exterior.

"Enquanto estive no Canadá, eu ajudei o quanto pude todos com dinheiro. Eu tinha muita vontade de voltar para minha pátria e viver com meus entes queridos. Mas, agora que não me resta dinheiro, ninguém se importa mais com minha presença", lamentou o idoso.

No entanto, mesmo com a simulação de sua própria morte, Lila não obteve muito sucesso na hora de reunir sua família, já que somente sua filha mais velha se dirigiu a sua casa para cuidar de seu suposto funeral.

Após esta experiência, Lila deixou claro que não aceitará ninguém no cemitério no dia de sua morte verdadeira, com exceção do coveiro.

"As pessoas devem ser respeitadas enquanto vivas e não depois de mortas", finalizou o idoso, que, por sinal, não conseguia esconder a grande decepção com seus filhos.

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