Ideli Salvatti: “[quanto às] indicações, o PR tem todo o direito de fazer; agora, levando em consideração que quem nomeia é quem decide. E quem nomeia é a presidenta” (Moreira Mariz/Agência Senado)
Da Redação
Publicado em 4 de agosto de 2011 às 13h18.
Brasília – A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou hoje (7) o PR deve ser mantido na direção do Ministério dos Transportes, após a saída de Alfredo Nascimento, que pediu demissão ontem (6).
“Diria que a tendência é essa, de manutenção da participação do PR no ministério, até porque o Paulo Sérgio Passos [secretário executivo do ministério que assumiu interinamente a pasta] é filiado ao PR”, disse em entrevista à Agência Brasil.
Sobre a possibilidade de Paulo Passos ser efetivado no cargo, Ideli disse que ele já ocupou o cargo de ministro dos Transportes em outros momentos e, portanto, não haveria descontinuidade no trabalho do ministério, mas voltou a repetir que qualquer decisão caberá à presidente Dilma.
A ministra de Relações Institucionais disse ainda que o governo está solidário ao ex-ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. “Estamos bastante solidários, inclusive, ao trabalho que o ministro Nascimento prestou durante tanto tempo à frente do Ministério dos Transportes”, disse.
Segundo Ideli, a presidente Dilma Rousseff irá avaliar a indicação de nomes pelo PR. Perguntada se Dilma poderá aceitar alguma indicação que tenha proximidade com o presidente de honra do PR, Valdemar Costa Neto, citado pela revista Veja como integrante de um esquema de recebimento de propina no ministério, Ideli Salvatti respondeu que o partido tem o direito de indicar quem quiser, mas destacou que a decisão caberá à presidenta.
“[Quanto às] indicações, o PR tem todo o direito de fazer; agora, levando em consideração que quem nomeia é quem decide. E quem nomeia é a presidenta”, respondeu.
Nesta semana, a revista Veja publicou reportagem denunciando um esquema de cobrança de propina no ministério comandado por Alfredo Nascimento. De acordo com o texto, a propina era paga para o PR – partido do ministro. Depois da publicação, quatro funcionários da cúpula do ministério foram afastados.