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Hunter Biden, filho do presidente dos EUA, propõe declarar-se culpado em caso de fraude fiscal

Manobra conhecida como 'confissão de Alford' é usada para evitar risco de condenação a uma pena mais grave quando há provas suficientes contra o réu

Hunter Biden, filho do presidente dos EUA, Joe Biden (Anna Moneymaker/Divulgação)

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Agência o Globo
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Publicado em 5 de setembro de 2024 às 15h16.

Última atualização em 5 de setembro de 2024 às 15h38.

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Hunter Biden, filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, propôs nesta quinta-feira declarar-se culpado em um caso de fraude fiscal, em uma manobra de última hora antes do início de seu julgamento em um tribunal de Los Angeles, na Califórnia. Meia hora antes do início da seleção do júri, a defesa de Hunter, de 54 anos, tomou a medida incomum de entrar com um pedido de "confissão de Alford", reconhecendo que havia provas suficientes para condená-lo, mesmo que tenha expressado inocência em relação às mesmas acusações.

A manobra, que leva o nome de uma decisão da Suprema Corte, é normalmente usada para dar início a negociações de confissão paralisadas, adiar um processo ou evitar um julgamento por completo, saltando diretamente para a sentença e evitando o risco de uma condenação a uma pena mais grave.

O juiz Mark Scarsi, nomeado pelo ex-presidente Donald Trump, convocou um recesso de 2 horas na audiência para que os promotores possam discutir a oferta do réu. Por outro lado, também indicou que ainda estava preparado para prosseguir com a entrevista de 120 jurados antes do final da semana.

Os advogados que representam o filho mais novo do presidente democrata acreditam que David Weiss, o advogado especial no caso, se recusou a se envolver em negociações sérias sobre o acordo depois de ter sido duramente criticado por ter assinado um acordo generoso com Hunter sobre acusações de armas e impostos que não resultaria em pena de prisão.

Esse acordo implodiu durante uma audiência caótica no tribunal federal em Wilmington em julho de 2023, e Weiss posteriormente indiciou Hunter por acusações de mentir em um pedido de armas de fogo em Delaware e por uma série de violações fiscais na Califórnia, onde ele vive atualmente.

Hunter Biden é acusado de não pagar US$ 1,4 milhão (R$ 6,8 milhões) em impostos nos anos fiscais de 2016 a 2019 enquanto mantinha um estilo de vida luxuoso. As acusações incluem três crimes graves e seis delitos fiscais. Se condenado, Hunter Biden enfrentaria até 17 anos de prisão.

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