Mundo

Hungria interrompe aplicação de regra da UE sobre asilo

A partir de agora, Budapeste não aceitará o retorno para a Hungria de refugiados que entraram na UE pelo país, mas que viajaram para outro Estado da União


	O número de refugiados que entraram na Hungria cresceu de cerca de 2.000 em 2012 a 54.000 desde janeiro deste ano
 (Heinz Albers/Creative Commons)

O número de refugiados que entraram na Hungria cresceu de cerca de 2.000 em 2012 a 54.000 desde janeiro deste ano (Heinz Albers/Creative Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2015 às 18h07.

Budapeste - O governo húngaro anunciou nesta terça-feira, como consequência da chegada de muitos migrantes na Hungria, que deixará de aplicar uma regra da União Europeia sobre os pedidos de asilo.

"Todos nós queremos encontrar uma solução a nível europeu, mas precisamos proteger os interesses húngaros e de nosso povo", declarou o porta-voz do governo, Zoltan Kovacs.

A regra prevê que um pedido de aislo deve ser examinado no país europeu em que a pessoa chegou.

A partir de agora, Budapeste não aceitará o retorno para a Hungria de refugiados que entraram na UE pelo país, mas que viajaram para outro Estado da União.

O governo húngaro já havia decidido na semana passada fechar sua fronteira com a Sérvia devido ao fluxo de migrantes.

O número de refugiados que entraram na Hungria cresceu de cerca de 2.000 em 2012 a 54.000 desde janeiro deste ano, tornando este país o segundo da UE (após Suécia) a acolher mais refugiados em relação à sua população.

Segundo o governo, 95% entram pela fronteira com a Sérvia, que não é um país membro da UE.

Muitos deles pretendem ir para a Alemanha ou a outros países do norte da Europa, de modo a tentar continuar seu caminho para a Áustria e a República Checa.

Acompanhe tudo sobre:Crises em empresasEuropaHungriaImigraçãoUnião Europeia

Mais de Mundo

União Europeia aprova tarifas de retaliação contra os EUA em resposta às medidas de Trump

Irmã de Kim Jong Un diz que desnuclearização da Coreia do Norte não passa de um 'sonho'

Maduro assina decreto de emergência econômica de 60 dias em resposta a tarifas dos EUA

China aumenta tarifas sobre produtos dos EUA para 84% em resposta a Trump