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Hungria anuncia prisão para quem cruzar suas fronteiras

A partir de terça-feira entram em vigor as novas leis que estabelecem penas de até cinco anos de prisão pela entrada ilegal em território da húngaro


	Refugiados sírios atravessam uma cerca na Hungria: o chefe do governo húngaro foi contra a proposta do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, de acolher e distribuir pela União Europeia 160 mil refugiados
 (REUTERS)

Refugiados sírios atravessam uma cerca na Hungria: o chefe do governo húngaro foi contra a proposta do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, de acolher e distribuir pela União Europeia 160 mil refugiados (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2015 às 14h57.

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, anunciou hoje (11) que a partir de terça-feira (15), a polícia vai começar a prender todas as pessoas que entrarem de forma ilegal no país.

Nesse dia, entram em vigor as novas leis que estabelecem penas de até cinco anos de prisão pela entrada ilegal em território da húngaro.

O dirigente disse que alguns refugiados se negam a cooperar com a polícia, o que viola as leis húngaras: “enfrentamos uma rebelião”, afirmou Orban.

Ele acrescentou a necessidade urgente de medidas por parte da União Europeia (UE). "Terá de ser feito muito mais em relação à crise migratória na Europa e as decisões [da União Europeia] devem ser adotadas mais rapidamente” disse Orban.

O chefe do governo húngaro foi contra a proposta do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, de acolher e distribuir pela União Europeia 160 mil refugiados e disse que decisões no âmbito do bloco não podem ser tomadas "sem o consentimento dos chefes de Estado da UE".

O consenso indica que não sejam tomadas decisões que atinjam todo o continente “e o que está propondo o presidente da Comissão Europa contraria isto”, acrescentou Orban.

Ele ressaltou ainda a posição clara da Hungria, em relação ao Tratado de Schengen, que prevê a livre circulação por 26 Estados europeus. “O fato de a Grécia ter renunciado ao cumprimento dessa legislação não significa que a Hungria faça o mesmo”, disse.

Para o primeiro-ministro húngaro, o problema deve ser abordado em território grego e, caso Atenas não consiga enfrentá-lo, a UE deverá apoiar este Estado-membro inclusive “com forças de defesa de fronteiras”.

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