Mundo

Hungria acha "estupidez" solidariedade da UE com refugiados

O chanceler austríaco não vê a diferença entre solidariedade e estupidez", estimou o ministro húngaro de Relações Exteriores


	Refugiados na Hungria: "A estupidez é deixar centenas de milhares de pessoas, inclusive milhões, virem à Europa sem controle"
 (Reuters / Leonhard Foeger)

Refugiados na Hungria: "A estupidez é deixar centenas de milhares de pessoas, inclusive milhões, virem à Europa sem controle" (Reuters / Leonhard Foeger)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2015 às 09h11.

A Hungria, ameaçada com sanções por parte da Áustria por sua negativa em acolher refugiados no âmbito do programa europeu, considera que Viena confunde "solidariedade e estupidez" nesta questão, declarou no domingo o ministro de Relações Exteriores, Péter Szijjártó.

"O chanceler austríaco (Werner Faymann) não vê a diferença entre solidariedade e estupidez", estimou o ministro húngaro em uma declaração à agência de notícias estatal MTI.

Para Szijjártó, "a solidariedade consiste em ajudar as pessoas que correm risco a viver perto de seus lares e a voltar a sua pátria ao término do conflito".

"A estupidez é deixar centenas de milhares de pessoas, inclusive milhões, virem à Europa sem controle, principalmente quando todos sabem atualmente - tanto europeus quanto migrantes - que não obterão o que esperam", acrescentou.

O chanceler austríaco, Werner Faymann, estimou que os países contrários ao princípio de quotas de refugiados aprovado pela União Europeia, e que recebem mais dinheiro europeu do que fornecem, podem ver alterado o componente financeiro se continuarem se negando a acolher refugiados em seu solo.

O chefe do governo austríaco reiterou no domingo esta advertência, na televisão pública da Áustria, ao demonstrar seu mal-estar sobre "a solidariedade em apenas uma direção" entre os países opostos e a UE.

O ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, também ameaçou no sábado estes países com sanções jurídicas, especialmente a Hungria e a Eslováquia, que levaram ante a justiça europeia as quotas de divisão de refugiados.

No âmbito de uma realocação de 160.000 refugiados em diferentes países da UE, Eslováquia e Hungria devem receber quase 2.300 pessoas.

Mas o plano europeu tem dificuldades para ser colocado em andamento e as realocações de refugiados avançam lentamente.

Acompanhe tudo sobre:EuropaHungriaRefugiadosUnião Europeia

Mais de Mundo

Trump nomeia Chris Wright, executivo de petróleo, como secretário do Departamento de Energia

Milei se reunirá com Xi Jinping durante cúpula do G20

Lula encontra Guterres e defende continuidade do G20 Social

Venezuela liberta 10 detidos durante protestos pós-eleições