Vladimir Putin: Putin se reuniu ontem que a presidente Dilma Rousseff (Alexei Nikolskyi/RIA Novosti/Kremlin/Reuters)
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2014 às 13h25.
Rio de Janeiro - A organização Human Rights Watch pediu nesta terça-feira ao governo brasileiro que aproveite a Cúpula dos BRICS, que começa hoje em Fortaleza, para manifestar seu apoio aos direitos humanos na Rússia e para pedir que o governo de Moscou dê fim à repressão contra os dissidentes em seu território.
Para a ONG, o Brasil também deveria rejeitar qualquer proposta da Rússia de debilitar o mandato das Nações Unidas e de outras organizações intergovernamentais em prol dos direitos humanos, ressaltou a Human Rights Watch em comunicado que divulgou de seu escritório em São Paulo.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, chegou no domingo ao Brasil para assistir à final da Copa do Mundo e para representar o país que sediará a próxima edição do campeonato, em 2018.
O líder, em desenvolvimento de uma visita oficial ao Brasil, se reuniu ontem em Brasília com a presidente Dilma Roussef para discutir a agenda bilateral e ultimar os detalhes da VI Cúpula do fórum BRICS, que seus países integram com a Índia, a China e a África do Sul.
Os chefes de Estado e de governo dos cinco países se reunirão hoje em Fortaleza para a cúpula das cinco maiores economias emergentes, e amanhã passará a Brasília.
Sobre a situação na Rússia, os dois anos desde a volta de Putin à presidência foram os piores para os direitos humanos na história pós-soviética do país, de acordo com o comunicado da Human Rights Watch.
A Rússia, segundo a organização de defesa dos direitos humanos, tentou nesse tempo enfraquecer as instituições internacionais em defesa dos direitos humanos, ao rejeitar a noção de valores universais, com o pretexto supostamente de proteger a soberania nacional de uma invasão externa intolerável.
"O governo russo está fazendo a pior repressão na sociedade civil da história independente do país", assegura Tanya Lokshina, diretora do Programa Rússia e investigadora sênior da Human Rights Watch, citada no comunicado.