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Houthis denunciam a morte de mais de 2.571 civis em ofensiva

Porta-voz disse que entre os mortos estavam 381 crianças menores de 15 anos e 214 mulheres, das quais cinco estavam grávidas


	Porta-voz disse que entre os mortos estavam 381 crianças menores de 15 anos e 214 mulheres, das quais cinco estavam grávidas
 (Saleh al-Obeidi/AFP)

Porta-voz disse que entre os mortos estavam 381 crianças menores de 15 anos e 214 mulheres, das quais cinco estavam grávidas (Saleh al-Obeidi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2015 às 09h31.

Sana - O porta-voz do exército iemenita, leal aos rebeldes houthis, disse nesta segunda-feira que 2.571 civis morreram no país desde 26 de março, quando a coalizão árabe iniciou seus bombardeios no Iêmen.

Em entrevista coletiva em Sana, Sharaf Luqman disse que entre os mortos estavam 381 crianças menores de 15 anos e 214 mulheres, das quais cinco estavam grávidas.

Já o número de feridos em todo o país é de 3.897, segundo o coronel iemenita, que acrescentou que este número inclui 613 menores e 457 mulheres.

De acordo com o porta-voz, a aviação da coalizão árabe, liderada pela Arábia Saudita, bombardeou 334 núcleos residenciais, o que causou a destruição de um total de 2.265 casas.

Devido aos ataques aéreos à violência, ao redor de 40 mil famílias abandonaram seus lares para buscar refúgio em zonas mais seguras.

Além disso, 1.200 edifícios governamentais e públicos sofreram danos, entre eles 72 escolas, das quais três foram bombardeadas quando os estudantes se encontravam em seu interior, segundo o coronel.

Há quatro dias, o porta-voz informou que mil pessoas tinham morrido desde o início dos bombardeios. Luqman explicou que a diferença de números se deve pois o cálculo anterior se baseou em dados extraoficiais, e que agora a contagem foi realizada pelas autoridades.

O diretor do gabinete de Saúde da cidade de Áden, Lajdar Lasur, disse ontem à Agência Efe que desde o início dos bombardeios morreram pelo menos 229 pessoas na região, uma das mais afetadas pelos combates.

Luqman afirmou que a destruição é "sistemática" e que o exército iemenita responderá de maneira "forte, decidida e dura no momento adequado".

"Nos traíram. Não estávamos preparados porque não esperávamos que um vizinho (Arábia Saudita) nos atacasse", justificou o porta-voz.

Para o coronel, no entanto, a coalizão não se atreveu a enfrentar por terra as forças armadas iemenitas.

O militar afirmou que o objetivo principal da coalizão é "cercar por via aérea, marítima e terrestre (o Iêmen) para causar uma crise de fome e obrigar o povo iemenita a se ajoelhar".

"Desejávamos que toda esta concentração de forças árabes fosse dirigida contra Israel, que oprime o povo árabe há décadas", concluiu.

Desde que começou a operação "Tempestade de Firmeza", são frequentes as denúncias de que os bombardeios causam várias vítimas civis.

A coalizão diz que ataca alvos precisos em mãos dos houthis, mas que o movimento xiita se esconde entre os civis e os utilizam como escudos humanos.

Ontem, um ataque aéreo da coalizão provocou a morte de pelo menos 15 civis e deixou oito feridos na província de Taiz, no sudoeste do Iêmen.

A Arábia Saudita e oito aliados árabes justificam a ofensiva pela necessidade de defender a legitimidade do presidente iemenita Abdo Rabbo Mansour Hadi, a suposta ameaça que os houthis representariam para a Arábia Saudita e o perigo do Irã estender sua influência na região por meio dos rebeldes.

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