Um veículo da equipe SWAT monta guarda em Dalton Street, perto de Boylston Street, em Boston, Massachusetts (Darren McCollester/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de abril de 2013 às 08h49.
Boston - No Hospital Infantil de Boston, a lista dos feridos inclui um menino de 2 anos com um ferimento na cabeça, uma menina de 9 anos com traumatismo na perna e outras seis crianças com menos de 15 anos.
No Hospital Geral de Massachusetts, que recebeu 29 vítimas, as lesões vão desde cortes e contusões a ferimentos graves causados por estilhaços. Cirurgiões disseram ter realizado várias amputações após as explosões de segunda-feira.
No total, três pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas por causa das duas bombas detonadas no meio da multidão na linha de chegada da Maratona de Boston, criando uma cena horrível de pânico.
As explosões, que as autoridades dizem que ocorreram de 45 a 90 metros de distância, atingiram corredores de uma das maratonas mais importantes do mundo e mandaram dezenas de espectadores gravemente feridos para locais de atendimento de emergência da cidade.
O Hospital Infantil de Boston não forneceu detalhes adicionais sobre as crianças sob seus cuidados. A maioria das vítimas ainda não foi identificada pelo nome.
Vídeos das explosões mostram muitos corredores se dirigindo para a linha de chegada quando uma bola de fogo e fumaça se ergue por trás de torcedores e uma fileira de bandeiras representando os países participantes da prova. Os aplausos se transformaram em gritos e pânico.
Peter Fagenholz, cirurgião do Hospital Geral de Massachusetts, disse que os casos mais graves --nenhum deles crianças-- chegaram ao hospital dentro dos primeiros 15 minutos. E apesar de ter dito que os ferimentos não eram "de outro mundo", a escala do incidente o pegou desprevenido.
"Nós cuidamos de acidentes o tempo todo. É deprimente que isso tenha sido intencional", disse.
Fagenholz disse que muitos pacientes terão uma recuperação difícil. "Alguns pacientes necessitam de repetidas operações amanhã e operações em série ao longo dos próximos dois dias", disse.
"As pessoas, elas são muito corajosas, você sabe. É uma coisa terrível e a atitude da maioria dos pacientes é, faça o que for preciso fazer para tentar me deixar melhor."