Mubarak: ele é acusado de tentativa de assassinato de centenas de manifestantes que protestavam pacificamente (AFP)
Da Redação
Publicado em 11 de abril de 2013 às 12h39.
Cairo - O novo julgamento do ex-presidente Hosni Mubarak, que governou o Egito durante 30 anos, começa no sábado, relegado ao segundo plano pela crise política e econômica no país.
Mubarak, o ex-ministro do Interior Habib el-Adli e seis ex-funcionários da área de Segurança serão julgados novamente por cumplicidade de assassinato e tentativa de assassinato de centenas de manifestantes que protestavam pacificamente contra o regime no Cairo, em Alexandria, Suez e outras províncias entre 25 e 31 de janeiro de 2011.
Os filhos do ex-presidente, Alaa e Gamal, voltarão a ser julgados por corrupção, assim como o pai. O empresário Husein Salem, que fugiu para a Espanha, será julgado à revelia.
O julgamento acontecerá na Academia de Polícia do Cairo. Mubarak foi condenado em primeira instância à prisão perpétua.
A abertura do primeiro julgamento, em agosto de 2011, foi um momento histórico por ter sido o primeiro dirigente árabe derrubado pelo povo compareceu pessoalmente a um tribunal.
Mas a esperança das primeiras audiências acabou rapidamente, depois que ONGs e defensores dos direitos humanos denunciaram fraudes.
Mubarak assistiu ao julgamento em uma maca, dentro de uma cela-jaula. Atualmente está em um hospital militar do Cairo.
O atual presidente egípcio, o islamita Mohamed Mursi, prometeu novos julgamentos para os dirigentes do antigo regime envolvidos na morte de manifestantes.
Mas Mursi também enfrenta uma profunda crise política e econômica, assim como confrontos violentos entre manifestantes e policias e distúrbios entre muçulmanos e cristãos coptas.