Hong Kong é palco de protestos pelo 17º fim de semana consecutivo. (Tyrone Siu/Reuters)
Tais Laporta
Publicado em 29 de setembro de 2019 às 10h43.
Última atualização em 29 de setembro de 2019 às 10h47.
Dezenas de milhares de manifestantes voltaram às ruas de Hong Kong neste domingo, 29, gritando slogans anti-China a menos de uma semana do 70º aniversário do regime comunista chinês.
Os protestantes levaram à marcha bandeiras de diferentes países e instituições internacionais, como EUA e as Nações Unidas, em um apelo para que a comunidade global apoie o movimento antigovernamental. Comícios ocorreram ou estavam planejados em dezenas de cidades ao redor do mundo, em solidariedade aos manifestantes de Hong Kong.
A polícia tentou interromper a marcha, que não foi aprovada pelas autoridades, com disparos de gás lacrimogêneo e balas de borracha, além de uma série de prisões.
Hong Kong é palco de protestos pelo 17º fim de semana consecutivo. As manifestação foram originalmente desencadeadas pela oposição a um projeto de lei de extradição que permitiria que suspeitos fossem julgados pelo sistema jurídico da China. O governo retirou formalmente o projeto de lei no início de setembro, mas os protestos se ampliaram para incluir outras demandas sociais.
Nas últimas semanas, o governo de Hong Kong sinalizou desejo de conciliação com os manifestantes por meio do diálogo. Na última quinta-feira, foi organizado um fórum público com a participação da líder executiva da cidade, Carrie Lam. Mas o tamanho e a ferocidade dos novos protestos neste fim de semana sugerem que a estratégia do governo está sendo pouco efetiva em conter a agitação.