Manifestantes em Hong Kong: manifestantes exigem que o dirigente de renuncie até o final desta quinta-feira (Xaume Olleros/AFP)
Da Redação
Publicado em 2 de outubro de 2014 às 10h38.
Hong Kong - O governo de Hong Kong exortou nesta quinta-feira os manifestantes a acabarem imediatamente com o bloqueio do centro da cidade, dizendo que suas ações estavam afetando a ordem pública e a prestação de serviços públicos.
As autoridades alertaram que qualquer tentativa de ocupar edifícios públicos enfrentará uma reação dura e resoluta.
Os manifestantes, na grande maioria jovens, exigem que o dirigente de Hong Kong, Leung Chun-ying, renuncie até o final desta quinta-feira, ameaçando ocupar prédios do governo se ele não o fizer. Eles também querem que a China introduza a democracia plena para que a cidade possa escolher livremente o seu líder. Leung, nomeado pelo governo chinês em Pequim, se recusa a deixar o cargo, o que criou um impasse na cidade.
"Cerca de 3.000 funcionários do governo vão tentar fazer o melhor que puderem amanhã para voltar a trabalhar. Para manter o serviço público, a sede do governo deve funcionar como de costume", disse o governo em comunicado. "Instamos os líderes e organizadores do movimento Ocupem o Centro a encerrarem a manifestação imediatamente." Em uma entrevista separada, o superintendente da polícia de Hong Kong, Steve Hui, pediu que os manifestantes não bloqueiem ou ocupem edifícios públicos e disse que a polícia iria tomar medidas em conformidade com a lei, se eles fizeram isso. "Sempre que houver incidentes grandes e violentos, e crimes, tais como confrontos e outras situações que põem em risco a segurança e a ordem pública, a polícia vai de modo resoluto e firme restaurar a ordem pública", disse Hui, quando questionado sobre como a polícia iria responder se os estudantes levarem adiante sua ameaça.
Os manifestantes começaram a ocupar partes de Hong Kong desde o último fim de semana, exigindo que o líder de Hong Kong, Leung Chun-ying, renuncie e expresse o seu apoio à democracia plena no território chinês, para que possam escolher livremente o seu próprio líder.