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Hong Kong abandona plano de aulas de patriotismo chinês

Líder da cidade semiautônoma, Leung Chun-ying, disse que caberia às escolas decidir se adotarão as aulas ou não


	Indignação pública com as aulas de patriotismo cresceu nos últimos meses
 (foto/Divulgação)

Indignação pública com as aulas de patriotismo cresceu nos últimos meses (foto/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2012 às 14h44.

Hong Kong - Autoridades de Hong Kong abandonaram neste sábado (8) os planos de introduzir aulas de patriotismo chinês nas escolas, depois que uma semana de protestos na ex-colônia britânica desencadearam temores sobre uma "lavagem cerebral" pró-Pequim. O líder da cidade semiautônoma, Leung Chun-ying, disse que caberia às escolas decidir se adotarão as aulas ou não. A disciplina se tornaria obrigatória em 2015, após um período voluntário de três anos.

A indignação pública com as aulas de patriotismo cresceu nos últimos meses. Muitos temem se tratar de um golpe das autoridades de Pequim para doutrinar os jovens estudantes de Hong Kong a um inquestionável apoio ao Partido Comunista da China, embora Leung e outros tenham negado isso.

A China recuperou o controle de Hong Kong da Grã-Bretanha em 1997, após mais de um século de domínio colonial, mas a cidade foi autorizada a manter um alto grau de autonomia, um sistema judicial próprio e liberdades civis não vistas no território chinês, como a possibilidade de se expressar sem censura por parte do governo.

O recuo de Leung sucede uma semana de protestos de milhares em frente à sede do governo que coincidiram com o início do ano letivo. De acordo com organizadores, 120 mil pessoas participaram da manifestação na noite desta sexta-feira (7), mas a polícia apontou um número bem menor, de 36 mil, segundo a mídia local. As informações são da Associated Press.

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