Um funcionário da Secretária de Saúde faz fumegação de casa durante operação de emergência nacional para combater o mosquito "Aedes aegypti", vetor da dengue, em 10 de junho de 2024 em Tegucigalpa (AFP/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 11 de junho de 2024 às 07h57.
Última atualização em 11 de junho de 2024 às 07h59.
Honduras contabiliza pelo menos 20 mortos no decorrer deste ano por dengue e mais de 30.000 casos suspeitos de contágio, os piores registros na América Central, enquanto as autoridades aumentam as medidas contra o mosquito transmissor da doença, informou o Ministério da Saúde nesta segunda-feira, 10.
O responsável de Vigilância da Saúde de Honduras, Lorenzo Pavón, detalhou à AFP que "os casos suspeitos de janeiro a junho [são] 30.009". Ademais, há "20 óbitos confirmados" e outros 25 em análise, acrescentou.
Em 2023, Honduras registrou 31 mortes e mais de 27.000 casos, de acordo com fontes oficiais. O pior ano para o país foi 2019, com 180 mortes e 113.000 casos.
Honduras é o país da América Central que mais registrou mortes por dengue no decorrer deste ano, seguido por Guatemala, 13, e Panamá, 12, segundo os últimos números disponibilizados por esses governos. Os órgãos de saúde de Costa Rica e Nicarágua não registraram vítimas fatais.
O avanço acelerado da doença transmitida pelo mosquito "Aedes aegypti" levou as autoridades hondurenhas a declarar "alerta máximo" para intensificar o combate desse vetor.
Pavón indicou que funcionários, apoiados pelas forças de segurança, começaram a aplicar um produto que acaba com as larvas do mosquito nos recipientes com água parada e a fumegar residências.
A dengue é uma doença endêmica em zonas tropicais que provoca febre alta, dor de cabeça, náusea, vômito, dor muscular e, nos casos mais graves, hemorragias que podem causar a morte.
Em abril de 2023, a Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu que a dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos se propagam muito mais pelo efeito das mudanças climáticas.