Mulheres caminham em uma rua residencial em Maiduguri, no Niger: (Afolabi Sotunde/Reuters)
Da Redação
Publicado em 23 de maio de 2013 às 13h11.
Niamey - Homens-bombas atacaram na quinta-feira quartéis militares e uma mina da empresa nuclear francesa Areva, no Níger, matando ao menos 18 soldados e ferindo vários outros, em incidentes que mostram que a ação de militantes islâmicos está se espalhando pela África Ocidental.
Fontes militares e autoridades locais disseram que, além dos soldados, quatro militantes islâmicos morreram em confrontos depois da explosão de um carro-bomba no quartel de Agadez, maior cidade do norte do Níger.
A Areva disse que pelo menos 13 funcionários seus ficaram feridos em outro atentado ocorrido mais ou menos na mesma hora na mina de urânio de Somair, na localidade de Arlit, no desértico norte nigerino.
Um porta-voz governamental atribuiu os ataques a militantes da Al Qaeda do Magreb Islâmico ou a um grupo dissidente, o Mujao, que no ano passado dominou parte do vizinho Mali, antes de ser expulso por forças francesas.
"São terroristas que realizaram os ataques suicidas em Agadez e Arlit", disse o porta-voz . "Os terroristas - não sei ao certo se foi a AQIM ou o Mujao - se infiltraram nessas cidades, e as forças de segurança foram mobilizadas e estão vasculhando a área." Esse foi o primeiro atentado suicida no Níger desde a operação militar francesa que fez os militantes fugirem do Mali para países vizinhos.