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Homens armados iniciaram conflito, diz Exército egípcio

Desconhecidos armados atacaram o quartel-general da Guarda Republicana e resposta gerou atuais conflitos, segundo fontes oficiais


	Soldados do Exército montam guarda perto da sede da Guarda Republicana após confrontos com partidários do deposto presidente egípcio Mohamed Mursi: exército afirma agir "de acordo com a lei"
 (REUTERS/Asmaa Waguih)

Soldados do Exército montam guarda perto da sede da Guarda Republicana após confrontos com partidários do deposto presidente egípcio Mohamed Mursi: exército afirma agir "de acordo com a lei" (REUTERS/Asmaa Waguih)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2013 às 13h44.

Cairo - O exército do Egito garantiu nesta segunda-feira que suas forças sofreram durante a última madrugada o ataque de desconhecidos armados que investiram contra o quartel-general da Guarda Republicana, o que motivou sua resposta e gerou os conflitos em que morreram 42 pessoas, segundo fontes sanitárias egípcias.

Em entrevista coletiva cercada de tensão, um porta-voz do exército e outro da polícia acusaram um grupo desconhecido de homens armados de terem iniciado os enfrentamentos, e garantiram que reprimiram as agressões "de acordo com a lei".

No comparecimento, o porta-voz militar Ahmed Ali apresentou imagens e vídeos que mostram homens atirando coquetéis molotov e pedras contra as forças de segurança.

Ali desqualificou as "provocações" por parte dos líderes islamitas, dos quais não citou nomes, para incitar os manifestantes a atacar as instalações do Estado.

"Um grupo armado atacou o perímetro do quartel. O pessoal encarregado da segurança foi atacado com munição real e balotes, enquanto outros subiam nos muros para jogar pedras, coquetéis molotov, explosivos e material pesado", disse.


Os enfrentamentos que ocorreram após o ataque, segundo os militares, causaram a morte de um oficial do exército e ferimentos em outros 32 soldados, além de um policial que também morreu e os cinco feridos anunciados anteriormente pelo Ministério do Interior.

Tanto o porta-voz das Forças Armadas como o da polícia vincularam a crescente violência no Cairo com os incidentes dos últimos dias na Península do Sinai, onde grupos "jihadistas" fizeram ataques contra as forças de segurança e sabotaram ontem o gasoduto que abastece a Jordânia.

Ali desmentiu que esteja acontecendo uma campanha de prisões arbitrárias contra dirigentes da Irmandade Muçulmana e afirmou o compromisso dos militares de não perseguirem ninguém enquanto estiverem agindo em conformidade com a lei.

"O exército se compromete a não perseguir nenhuma pessoa, todos são livres desde que não violem a lei", sentenciou.

Também desmentiu a informação de que crianças estão entre os mortos durante os enfrentamentos, como afirmou a Irmandade Muçulmana.

Ali fez uma nova advertência à Irmandade Muçulmana: "o Egito não pode ser construído por um partido ou facção particular, mas por todos os egípcios".

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