Príncipe George: publicação incluiu o endereço da escola do herdeiro no sudoeste de Londres (AFP / Chris Jackson/AFP)
Reuters
Publicado em 13 de julho de 2018 às 18h15.
Última atualização em 13 de julho de 2018 às 18h15.
Londres - Um britânico que sugeriu que militantes islâmicos deveriam atacar o príncipe George, que tem quatro anos e está destinado a ser rei, foi condenado à prisão perpétua nesta sexta-feira.
Husnain Rashid, que tem 32 anos e é de Nelson, no noroeste da Inglaterra, cumprirá no mínimo 25 anos.
Rashid publicou informações na plataforma de mensagens Telegram para incentivar jihadistas a realizar ataques em todo o mundo, além de dados sobre possíveis alvos.
Os procuradores disseram que isso incluiu postar uma foto do príncipe George - filho do príncipe William, neto da rainha Elizabeth e terceiro na linha sucessória ao trono - ao lado da silhueta de dois combatentes jihadistas.
A publicação incluiu o endereço de sua escola, no sudoeste de Londres, que George começou a frequentar em setembro, e foi acompanhada da legenda "nem a família real será poupada".
Inicialmente Rashid negou as acusações, mas durante o julgamento no Tribunal da Coroa de Woolwich se declarou culpado, admitindo quatro acusações de terrorismo.
"Hoje o mundo está um pouquinho mais seguro", disse o superintendente-chefe Will Chatterton, da polícia de contraterrorismo de North West, em um comunicado após o anúncio da sentença.
"Ele havia passado os 18 meses anteriores trancado em um quarto na casa dos pais... e passado horas fazendo pôsteres e propaganda online incentivando aspirantes a terroristas a realizar os ataques mais repulsivos".
Os procuradores disseram que as postagens de Rashid, um ex-web designer desempregado, também incluíam um mapa da Sexta Avenida de Nova York com a legenda "Parada do Dia das Bruxas em Nova York. Fizeram seus preparativos? A contagem regressiva começa".