Operação antiterrorista: Belkaid foi morto depois de atirar com um fuzil AK-47 por uma janela contra os agentes de segurança (Yves Herman / Reuters)
Da Redação
Publicado em 18 de março de 2016 às 13h55.
Bruxelas - O homem morto durante a operação antiterrorista realizada no distrito de Forest, em Bruxelas, na última terça-feira, estava "diretamente envolvido" nos atentados de Paris, revelou nesta sexta-feira a Procuradoria Federal da Bélgica.
A Procuradoria confirmou que Mohammed Belkaid, nascido no dia 9 de julho de 1980 e que estava de maneira irregular na Bélgica, era um dos cúmplices de Salah Abdeslam, que ainda é procurado pelas autoridades por ter participado dos ataques na capital francesa.
Belkaid utilizava o nome falso de Samir Bouzid, que foi usado para fazer uma transferência de 750 euros, quatro dias depois dos atentados de Paris, em uma agência do banco Western Union na região de Bruxelas para Hasna Ait Boulahcen, prima de Abdellhamid Abaaoud, considerado um dos mentores do atentado.
"Há imagens registradas dessa transferência de dinheiro. Belkaid está, portanto, diretamente envolvido nos atentados de 13 de novembro (em Paris)", indicou a Procuradoria Federal da Bélgica.
Belkaid foi morto depois de atirar com um fuzil AK-47 por uma janela contra os agentes de segurança que participaram da operação da última terça-feira. Posteriormente, os policiais encontraram a arma e um livro sobre o salafismo ao lado do corpo do suspeito.
A Polícia emitiu uma ordem de busca no último dia 4 de dezembro contra Belkaid. No documento, as autoridades explicavam que Abdeslam viajou em duas ocasiões a Budapeste.
No caminho entre Hungria e Áustria, ele estava acompanhado de duas pessoas que portavam carteiras de identidades belgas falsas, com os nomes de Samir Bouzid e Soufiane Kayal.
Por outro lado, a Procuradoria Federal da Bélgica informou hoje que a perícia encontrou impressões digitais de Abdeslam na operação realizada na última terça-feira no imóvel de Forest.