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Slim, o homem mais rico do mundo, condena ajuda dos EUA aos banqueiros

Magnata mexicano defendeu o uso do investimento privado para a geração de mais empregos

Slim: políticas monetária e fiscal nos EUA estão direcionadas ao setor financeiro e não às necessidades da população (Chris Hondros/Getty Images)

Slim: políticas monetária e fiscal nos EUA estão direcionadas ao setor financeiro e não às necessidades da população (Chris Hondros/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2011 às 19h27.

São Paulo – A ajuda do governo americano aos banqueiros, concedida após a crise de 2008 que afetou o sistema financeiro mundial, foi criticada nesta terça-feira pelo magnata mexicano das telecomunicações Carlos Slim, considerado o homem mais rico do mundo pela revista americana Forbes.

Slim afirmou que Washington tem concedido muito dinheiro para os banqueiros e não o suficiente para a classe de trabalhadores, segundo citações publicadas hoje pelo The Wall Street Journal (WSJ). “As políticas monetária e fiscal, que são muito agressivas, deveriam ter maior impacto sobre a economia real, e não sobre o mercado financeiro”, sugeriu o empresário.

Na visão do periódico americano, os comentários de Carlos Slim são “ricos em ironia”, principalmente levando em conta a importância do papel do governo no setor de telecomunicações, segmento no qual o magnata mexicano fez fortuna – ele lidera o ranking da Forbes com o montante de 53,5 bilhões de dólares.

“É fácil para um bilionário mexicano, que não paga imposto de renda nos Estados Unidos, sugerir mais gastos ao governo americano”, critica o colunista Robert Frank que assina a coluna e o blog “The Wealth Report” (O Relatório da Riqueza) no WSJ.

Durante evento em Genebra, Slim ainda enfatizou que as ações tomadas pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) e os pacotes de estímulos beneficiaram mais o setor financeiro do que a economia real como um todo. Atualmente, a taxa de desemprego nos Estados Unidos está em 9,1%.

Para o empresário mexicano, a solução é que o governo americano gaste “mais em programas de desenvolvimento”, sendo estes financiados pelo setor privado. “A mudança estrutural virá de maiores investimentos feitos por empresas”, declarou Slim.

Segundo ele, “ao invés de o governo parar de investir no setor público e criar medidas de austeridade, o que gera desemprego, os Estados Unidos deveriam se apoiar no desenvolvimento financiado pelo setor privado“. “Isso seria uma forma de incentivar a recuperação da economia do país”, conclui o magnata.

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