Edifício do Fed em Nova York: homem foi detido no ano passado após tentar explodir caminhonete com mais de 450 quilos de explosivos perto do edifício (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 9 de agosto de 2013 às 14h55.
Nova York - Um cidadão de Bangladesh foi condenado nesta sexta-feira a 30 anos de prisão por tentar cometer um atentado com uma caminhonete bomba contra o edifício do banco central dos Estados Unidos (Fed) em Nova York.
Quazi Mohammed Nafis, de 22 anos, se declarou culpado e afirmou que uma depressão causada pelo fim da relação com sua namorada o levou a se envolver em um complô em nome da Al Qaeda.
Em declaração divulgada na semana passada, Nafis também afirmou que o islamismo radical é "mal e desumano".
Nafis, filho de um banqueiro, chegou aos EUA em janeiro de 2012 para estudar em uma universidade e tinha sido detido em outubro do ano passado após a tentativa de detonar uma caminhonete carregada com mais de 450 quilos de explosivos perto do edifício do Fed.
Assim que chegou aos EUA, Nafis tentou buscar colaboradores para cometer um atentado de grande impacto, mas a pessoa que encontrou era um informante do FBI.
Dentro dos preparativos para o atentado, Nafis entrou em contato com outro suposto simpatizante da Al Qaeda, que era na realidade um agente do FBI, e que lhe forneceu 450 quilos de uma substância explosiva que foi alterada para ser inofensiva.
O detido se encarregou de comprar os materiais para o detonador e de realizar as tarefas de vigilância no lugar preciso em que aconteceria o atentado.
Naquela manhã, Nafis conduziu a caminhonete carregada com explosivos até o alvo e depois foi para um hotel próximo, de onde tentou acionar a bomba em várias ocasiões, até que foi flagrado e detido.
Em uma declaração escrita que tinha preparado para divulgar depois do atentado, Nafis disse que queria "destruir os Estados Unidos", e que para isso, a melhor forma era atacar sua economia.
"Nafis chegou aos Estados Unidos radicalizado e disposto a empreender a "jihad" em nosso país. Tentou cometer um assassinato em massa em Manhattan em nome da Al Qaeda", afirmou a promotora federal Loretta Lynch em comunicado.