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Homem do ataque ao Louvre diz que não atuou por ordem do EI

O agressor, que ficou gravemente ferido no episódio, foi levado a um hospital ontem depois de sua condição médica ter piorado

Al Hamamy: de acordo com as autoridades, Hamamy disse ter atuado voluntariamente (Mohamed Abd)

Al Hamamy: de acordo com as autoridades, Hamamy disse ter atuado voluntariamente (Mohamed Abd)

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EFE

Publicado em 8 de fevereiro de 2017 às 18h29.

Paris - O homem preso por ter atacado soldados com facões em frente ao Museu do Louvre, o egípcio Abdallah al Hamamy, afirmou que não atuou sob ordens do grupo terrorista Estado Islâmico (EI), informaram nesta quarta-feira fontes policiais.

Segundo as fontes, Al Hamamy fez a revelação na segunda-feira, quando estava sob prisão provisória como principal suspeito de ter atacado com dois facões um grupo de militares no museu.

O agressor, que ficou gravemente ferido no episódio, foi levado a um hospital ontem depois de sua condição médica ter piorado.

De acordo com as autoridades, Hamamy disse ter atuado voluntariamente, mas revelou não estar sob ordens do EI, que promoveu uma onda de atentados que matou 238 pessoas na França.

Como já tinha sido divulgado, a intenção do egípcio era degradar obras do Museu do Louvre como uma ação simbólica para mostrar sua firme oposição aos bombardeios na Síria.

A França faz parte da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos e responsável pelos ataques aéreos no país.

Na mochila que Hamamy carregava no dia do ataque, os agentes encontraram dois sprays de pintura.

O egípcio, de 29 anos, tinha citado várias vezes o EI nas redes sociais. Além disso, ele mostrava interesse em grupos armados.

Os investigadores suspeitam que ele possa ter cúmplices em outro país da Europa e nos Emirados Árabes Unidos.

A emissora "BFMTV" indicou que o jovem efetuou, em 31 de janeiro, a partir de Paris, o envio de 2 mil euros através da Western Uninon com destino a um país europeu e a uma pessoa cuja identidade ainda não é conhecida.

No dia seguinte, ele repetiu o processo e mandou outros 3 mil euros através do mesmo canal.

Segundo as investigações, Hamamy tinha visto de residência nos Emirados Árabes Unidos e chegou a Paris como turista no último dia 26 de janeiro, oito dias antes de realizar o ataque.

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