Nigéria: moradores de Maiduguri acreditam que o atentado foi realizado pelo grupo extremista islâmico Boko Haram (REUTERS/Afolabi Sotunde)
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2016 às 16h59.
Maiduguri - Um homem-bomba fingiu ter uma doença mental para aproximar-se de escritórios do governo da Nigéria e explodir o local nesta quinta-feira na cidade de Maiduguri, no nordeste do país.
O homem pretendia entrar no complexo, mas guardas impediram a ação. Então ele explodiu a bomba do lado de fora, deixando seis pessoas feridas e pelo menos cinco mortas, segundo testemunhas.
Moradores de Maiduguri acreditam que o atentado foi realizado pelo grupo extremista islâmico Boko Haram, que matou centenas de pessoas neste ano com ataques suicidas.
O atentado desta quinta-feira aconteceu um dia depois de religiosos impedirem que um homem-bomba entrasse em uma mesquita nos arredores de Maiduguri, berço do Boko Haram.
Mesmo sendo impedido de entrar no templo, o homem explodiu a bomba que carregava consigo e feriu quatro pessoas.
O último ataque suicida na Nigéria havia sido no dia 16 de março, quando duas mulheres mataram pelo menos 24 fiéis durante orações em outra mesquita nos arredores de Maiduguri.
Desde então foram quase dois meses sem ataques, um decréscimo que, segundo oficiais, acontece devido à campanha militar contra o Boko Haram que deixou parte dos jihadistas cercados na floresta de Sambisa, onde dezenas deles estão se rendendo por escassez de comida e munição.
Cerca de 20 mil pessoas morreram nos últimos sete anos, desde que o Boko Haram lançou uma campanha para formar um Estado Islâmico no oeste africano.
Fonte: Associated Press.