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Homem atacou aeroporto de Orly sob efeito de álcool e drogas

O indivíduo, um francês de 39 anos, tinha sido condenado várias vezes por roubo e tráfico de drogas

Aeroporto: análises toxicológicas mostraram uma alta taxa de alcoolemia (Benoit Tessier/Reuters)

Aeroporto: análises toxicológicas mostraram uma alta taxa de alcoolemia (Benoit Tessier/Reuters)

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AFP

Publicado em 20 de março de 2017 às 08h43.

Última atualização em 20 de março de 2017 às 08h44.

O homem que atacou no sábado uma patrulha militar no aeroporto parisiense de Orly, antes de ser abatido, estava sob os efeitos do álcool e de drogas no momento do incidente, indicou neste domingo uma fonte judicial.

"As análises toxicológicas realizadas neste domingo mostram uma taxa de alcoolemia de 0,93 gramas por litro de sangue e a presença de cannabis e cocaína", detalhou a fonte.

O indivíduo, um francês de 39 anos identificado como Ziyed Ben Belgacem, tinha sido condenado várias vezes por roubo e tráfico de drogas.

Ben Belgacem atacou, no sábado, uma patrulha militar no terminal sul do aeroporto de Orly e foi abatido por um dos soldados. Durante o ataque, gritou: "Abaixem as armas! Coloquem as mãos na cabeça! Estou aqui para morrer por Alá. De qualquer forma vão ocorrer mortes".

"Meu filho nunca foi um terrorista. Nunca rezou e bebe álcool. E sob o efeito do álcool e da maconha aconteceu o que aconteceu", declarou neste domingo o pai de Ben Belgacem após ser liberado pela polícia, que o interrogou durante várias horas.

"No sábado ele me telefonou às sete ou oito da manhã. Estava extremamente nervoso, nem mesmo sua mãe conseguia entender. Ele me disse: 'Pai, peço perdão, fiz uma estupidez com um gendarme'", contou.

"Eu respondi a ele que não, não te perdoo porque você atacou um gendarme", disse à radio Europe 1.

O pai tentou saber onde seu filho estava, mas Ziyed Ben Belgacem disse apenas que "estava na autoestrada" e desligou.

Preocupado, o pai, junto ao seu outro filho, se dirigiu à delegacia para contar às autoridades o que estava acontecendo.

"Quando cheguei à delegacia, percebi que a polícia tinha feito o seu trabalho. Não me disseram diretamente que ele havia morrido. É terrível, mas o que eu posso dizer? As más companhias, as drogas... No final, sou eu quem sofre" as consequências, declarou.

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