O presidente francês François Hollande (Nicolas Tucat/AFP)
Da Redação
Publicado em 29 de março de 2015 às 17h08.
Paris - O presidente da França, François Hollande, sofreu um revés eleitoral, neste domingo, de acordo com pesquisas divulgadas, à medida que seu predecessor e oponente Nicolas Sarkozy caminha para conquistar uma vasta maioria nas eleições locais.
A segunda rodada de votação, neste domingo, confirmou um avanço do partido de extrema-direita Frente Nacional, de Marine Le Pen, que obteve de 40 a 80 cadeiras em todo o país. Isso pode não ser suficiente para conquistar a maioria, em qualquer jurisdição, mas representa um salto, na comparação com uma cadeira que o partido possui atualmente.
O partido UMP de Sarkozy e aliados centristas conquistaram de 1.200 a 1.250 dos 2.054 distritos eleitorais que estavam em disputa nas duas rodadas de votação, de acordo com a OpinionWay. O Partido Socialista, de Hollande, e outros grupos de esquerda obtiveram apenas entre 650 e 700 distritos na eleição, onde cerca de 50% dos eleitores votaram.
"O povo francês rejeitou amplamente as políticas do presidente Hollande e de seu governo", afirmou Sarkozy, em discurso para partidários.
Os resultados significam que a centro-direita deverá provavelmente tomar o controle de cerca de 65 dos 101 departamentos, uma alta acentuada em relação 41 atuais e superior ao 60 que o Partido Socialista e outros aliados de esquerda controlavam antes deste domingo, de acordo com o Opinionway.
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, afirmou que a vitória da aliança de centro-direita foi "incontestável". Ele destacou também o significado do resultado obtido pelo Frente Nacional. "A pontuação para a extrema-direita é um desafio para todos os republicanos. É a marca de uma mudança sustentável no cenário político", disse Valls.
Os assentos nas eleições locais dá aos partidos poder em uma série de áreas, como turismo, manutenção de escolas e estradas e pagamento de benefícios sociais.
Os resultados deste domingo também são um barômetro sobre o equilíbrio político na França dois anos antes das eleições presidenciais e legislativas no país.