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Hollande: Sarkozy muda discurso para seduzir extrema-direita

O candidato socialista disse que o presidente francês se comporta como "um cata-vento" que muda de ideias em função dos eventos

Hollande acusou Sarkozy de ter pressionado empresários franceses para que atrasassem seus planos de demissões para depois das eleições presidenciais
 (©AFP / Philippe Huguen)

Hollande acusou Sarkozy de ter pressionado empresários franceses para que atrasassem seus planos de demissões para depois das eleições presidenciais (©AFP / Philippe Huguen)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2012 às 06h21.

Paris - O candidato socialista à Presidência da França, François Hollande, acusou nesta quarta-feira o seu rival no segundo turno do próximo dia 6, Nicolas Sarkozy, de ter "direitizado" seu discurso para atrair o voto do ultradireitista Frente Nacional (FN), cuja candidata, Marine Le Pen, foi a terceira no primeiro turno.

"Ele pretende seduzir inclusive os dirigentes da extrema-direita. Cada um faz a campanha que quiser, mas acho que a próxima Presidência deve ser para unir, não para dividir", avaliou Hollande à televisão pública "France 2".

O candidato socialista assegurou que não tem a intenção de mudar seu discurso e afirmou que o presidente Sarkozy se comporta como "um cata-vento" que muda de ideias em função dos eventos.

Hollande afirmou entender as queixas dos eleitores que apostaram em Marine Le Pen no primeiro turno, realizado no último domingo, quando a candidata da extrema-direita alcançou quase 18% dos votos, o melhor resultado dessa corrente política.

O candidato socialista aproveitou para acusar Sarkozy de ter pressionado empresários franceses para que atrasassem seus planos de demissões para depois das eleições presidenciais.

Hollande enviou também uma mensagem aos eleitores do centrista François Bayrou, a quem afirmou que iniciará seus planos de "moralização" da vida política francesa.

Apesar das acusações de Hollande, Sarkozy negou que vá promover acordos com a Frente Nacional a fim de se manter no Palácio do Eliseu.

"Não haverá ministros da FN, nunca quis isso. Os 18% dos franceses que votaram em Marine Le Pen não pertencem a ela, e devo dirigir-me a eles", afirmou o presidente em fim de mandato na rádio "France Info". 

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