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Hollande diz que terroristas do Mali serão "destruídos"

Hollande fez estas declarações em um pronunciamento durante a VI Cúpula Mundial da Energia do Futuro, inaugurada hoje em Abu Dhabi


	Soldados franceses em Mali: Hollande deixou claro que Paris não procura ser o "gendarme da África".
 (REUTERS/Joe Penney)

Soldados franceses em Mali: Hollande deixou claro que Paris não procura ser o "gendarme da África". (REUTERS/Joe Penney)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2013 às 20h21.

Paris - O presidente francês, François Hollande, afirmou nesta terça-feira que, quando forças francesas encontrarem terroristas em sua ofensiva em Mali, têm como missão "destruí-los, capturá-los quando for possível".

Hollande fez estas declarações em um pronunciamento durante a VI Cúpula Mundial da Energia do Futuro, inaugurada hoje em Abu Dhabi e transmitida ao vivo pela televisão francesa, no qual deixou claro que o objetivo é garantir que esses grupos "não possam agir no futuro".

"Se formos atacados nos defenderemos", insistiu o chefe de Estado, que acrescentou que "se for possível capturá-los, será feito" e que as autoridades do Mali já tomaram como prisioneiros alguns desses rebeldes salafistas.

O mandatário francês explicou que, em seu apoio ao exército malinês, a França é "parte envolvida" no combate por frear o avanço salafista e justificou sua estratégia pelo fato de que esses terroristas não querem "deixar de cometer atentados, abandonar as armas ou sair de Mali, porque muitos são de fora".

O presidente deixou claro que Paris não procura ser o "gendarme da África", e que os africanos devem ser seus "próprios defensores e garantir sua segurança", mas destacou que a França é um país amigo, que atua a pedido do presidente interino do Mali, Dioncounda Traoré, e dentro da legalidade internacional.

"Se não tivéssemos assumido nossa responsabilidade na sexta-feira, quem sabe onde o Mali estaria hoje, levando em conta o que sabemos hoje sobre seus recursos e suas intenções", disse na entrevista coletiva.

Aos veículos de imprensa franceses e internacionais, enfatizou, no entanto, que a França não tem intenção de ficar e que "toda a Europa deve dar seu apoio" à força africana que está destinada a assumir para garantir a integridade territorial desse país.


Hollande agradeceu, ainda, pelo apoio político e logístico recebido e afirmou que na cúpula que as autoridades dos Emirados Árabes Unidos mostraram disposição em colaborar, com uma ajuda que, à espera da formação dessa força africana, "tomará qualquer modalidade que for útil: humanitária, financeira e, eventualmente, militar".

Ao fato de que a Argélia está permitindo sobrevoar sem limite seu espaço aéreo se somou, disse, que o Marrocos tenha tomado uma medida semelhante e que a Mauritânia tenha decidido fechar sua fronteira com o Mali.

"Todos os países se mostraram solidários, convencidos de que tomamos a decisão certa porque temos capacidade de intervir", resumiu Hollande, que afirmou que na conferência de doadores que será organizada "em breve" se detalhará a ajuda adicional dirigida a Mali.

O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, por sua vez, defendeu em Paris a intervenção, perante os deputados, e assegurou que o contingente francês no país se reforçará nos próximos dias e que, a partir da semana que vem, contará já com forças de outros Estados africanos.

Lembrou que uma missão avançada do Estado-Maior da força de intervenção africana já se encontra em Bamaco e que vários países da África Ocidental prometeram fornecer soldados ao contingente.

Fontes do Ministério da Defesa indicaram que a França pode chegar a 2.500 soldados no país africano.

O chefe do governo acrescentou que desde o primeiro ataque, na sexta-feira passada, foi possível "frear a ofensiva" dos terroristas islâmicos que controlavam o norte do país, divididos em três grupos, e que a determinação francesa "está sendo total e deve conseguir rapidamente resultados significativos".

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