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Hollande decide ajudar pecuaristas, mas bloqueios continuam

Apesar do movimento do Executivo, a categoria decidiu continuar o bloqueio de estradas em várias regiões na madrugada desta quarta-feira


	Bloqueio de pecuaristas franceses em rodovias: "nosso trabalho tem um preço", dizem manifestantes em placa
 (REUTERS/Pascal Rossignol)

Bloqueio de pecuaristas franceses em rodovias: "nosso trabalho tem um preço", dizem manifestantes em placa (REUTERS/Pascal Rossignol)

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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2015 às 06h40.

O presidente François Hollande prometeu nesta terça-feira um "plano urgente" para ajudar os pecuaristas franceses, insatisfeitos com a baixa remuneração do setor.

Apesar do movimento do Executivo, a categoria decidiu continuar o bloqueio de estradas em várias regiões na madrugada desta quarta-feira (horário local).

"O Conselho de Ministros tomará decisões (nesta quarta). Pedi um plano urgente para os pecuaristas franceses e para os produtores de leite", anunciou Hollande.

O primeiro-ministro Manuel Valls convocou uma reunião de crise "para responder à angústia do mundo agrícola".

"Não há razões para suspender as barreiras" erguidas pelos pecuaristas que protestam pelos baixos preços da carne, declarou à AFP na terça à noite a central sindical agrária FNSEA, acrescentando que os bloqueios podem se estender para outras regiões da França nesta quarta-feira.

Estradas e pontes foram bloqueadas, sobretudo, na Normandia.

Setor que representa 900.000 empregos diretos e indiretos em todo o país, a pecuária passa por uma crise profunda, em particular no nordeste. A origem está na queda dos preços da carne, atribuída pelos trabalhadores aos frigoríficos e às grandes redes de supermercados.

Os produtores de leite e de carne suína alegam que também foram afetados, em especial, pelo embargo russo a seus produtos, efeito colateral do conflito na Ucrânia.

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