O presidente francês, François Hollande (Jacques Brinon/AFP)
Da Redação
Publicado em 5 de outubro de 2012 às 21h41.
Paris - O presidente francês, François Hollande, considerou nesta sexta-feira em Malta "muito importante fazer convergir as posições pela união bancária" durante o próximo Conselho Europeu previsto em Bruxelas para 18 e 19 de outubro.
Consultado pela imprensa francesa em meio à reunião em La Valeta, na qual compareceram dez países europeus e árabes, Hollande disse que queria que a UE "mostrasse sua disponibilidade em solucionar os temas da união bancária".
"É muito importante fazer convergir as posições sobre a união bancária, precisamos de uma união bancária, uma solidariedade e portanto um calendário para que a união bancária possa avançar até o final do ano", afirmou.
Com relação a um possível pedido de ajuda financeira da Espanha à União Europeia (UE), Hollande disse que são os espanhóis que devem decidir soberanamente o que devem fazer".
"Também podem decidir não fazer nada caso entendam que não é preciso", afirmou.
Especialistas de mercado e fontes europeias afirmaram nesta sexta-feira que a Espanha não precisa de um resgate global, uma vez que o país voltou a ser capaz de sustentar seus níveis de financiamento e alegando que sua situação evoluiu e nem de longe se assemelha a de países resgatados como Grécia, Portugal e Irlanda.
"Ao examinar a situação atual dos mercados, não vemos nenhuma necessidade de que a Espanha" peça o resgate, afirmou um alto funcionário europeu, três dias antes da reunião de ministros de Finanças da zona do euro, na qual muitos analistas dão como certo que Madri irá pedir um auxílio financeiro.
"Se analisarmos as últimas emissões nos mercados, a de ontem (quinta) obteve resultados muito, muito bons. A situação nos mercados está muito longe de nossas preocupações um ano atrás", disse a mesma fonte. Além disso, não tem nada a ver com os casos da Grécia, Portugal e Irlanda, comentou, que tiveram que pedir uma intervenção em sua economia.
Ao mesmo tempo, os especialistas consideram que o mercado ainda conserva a expectativa de que o governo espanhol pedirá o resgate.