Mulher visita o Museu Judeu de Berlim: ataque custou a vida de um casal e de uma mulher (Sean Gallup/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 26 de maio de 2014 às 14h54.
Bruxelas - A tese de que o ataque onde três pessoas morreram e uma ficou gravemente ferida no sábado no Museu Judeu de Bruxelas foi um atentado terrorista está ganhando força entre as autoridades belgas, que decidiram nesta segunda-feira transferir o caso da procuradoria local à federal, competente nesses temas.
A porta-voz da Procuradoria-Geral, Wenke Roggen, disse em entrevista coletiva que o fato de que os assassinatos tenham sido cometidos "a sangue frio, com determinação e em pouco mais de um minuto" faz pensar que podem ter motivação terrorista.
Por isso, ao juiz que estava conduzindo o caso por assassinato e tentativa de assassinato, se somou agora um novo juiz especializado em terrorismo, acrescentou a porta-voz.
Roggen contou que, além disso, foi alterada a qualificação dos fatos, que antes eram considerados "homicídio" e "tentativa de homicídio" e, agora, de maneira suplementar, passaram a ser considerados um ataque terrorista.
A Procuradoria revelou que, com o objetivo de obter pistas que conduzam à identificação do autor dos fatos, a polícia está analisando desde sábado "milhares de imagens" captadas por câmeras e que interrogou diferentes testemunhas, algumas das quais "forneceram informações que podem ser úteis".
O ataque de sábado custou a vida de um casal israelense que visitava Bruxelas e de uma mulher francesa, enquanto o recepcionista do museu, um jovem belga de 25 anos, está entre a vida e a morte.