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Hillary vence última primária e se reúne com Sanders

Uma das primárias mais surpreendentes em várias décadas chegou ao fim com dois virtuais vencedores: a democrata Hillary Clinton e o republicano Donald Trump


	Eleições: uma das primárias mais surpreendentes em várias décadas chegou ao fim com dois virtuais vencedores: a democrata Hillary Clinton e o republicano Donald Trump
 (Carlo Allegri / Reuters)

Eleições: uma das primárias mais surpreendentes em várias décadas chegou ao fim com dois virtuais vencedores: a democrata Hillary Clinton e o republicano Donald Trump (Carlo Allegri / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2016 às 09h00.

Hillary Clinton ganhou nesta terça-feira a última primária do Partido Democrata, realizada em Washington D.C., e se reuniu com o rival Bernie Sanders, no momento em que os Estados Unidos enfrentam as sequelas do pior atentado em seu território desde 11 de setembro de 2001.

De acordo com os canais CNN e NBC, Clinton venceu na capital federal com cerca de 80% dos votos.

Após o anúncio do resultado, Clinton e Sanders se reuniram em um hotel de Washington "e tiveram uma discussão positiva sobre suas respectivas campanhas, sobre a unidade do partido e a perigosa ameaça que Donald Trump representa para nossa nação", afirma um comunicado divulgado pela campanha de Hillary.

"Tiveram uma discussão positiva sobre a melhor maneira de atrair mais pessoas ao processo político e sobre a ameaça representada por Trump", disse Michael Briggs, porta-voz de Sanders.

Uma das primárias mais surpreendentes em várias décadas chegou ao fim com dois virtuais vencedores: a democrata Hillary Clinton e o republicano Donald Trump, já envolvidos em uma dura batalha pela presidência.

Longe de resultar em uma união nacional, o atentado, que deixou 49 mortos e 53 feridos em uma boate gay de Orlando reativou o debate entre Trump e Clinton, que apresentaram pontos de vista opostos para combate o terrorismo.

O magnata de Nova York ampliou a proposta de vetar a entrada de muçulmanos no país, ao afirmar que, se eleito, "suspenderia" a imigração de países com uma "história comprovada de terrorismo".

Clinton se mostrou mais altiva ao invocar "o espírito de 12 de setembro", o sentimento de união nacional após os atentados de 2001.

Mas quando Trump insinuou que o presidente Barack Obama simpatizava com o grupo extremista Estado Islâmico — que reivindicou o atentado em Orlando -, Hillary Clinton criticou os comentários "vergonhosos".

"Inclusive em tempos de divisões políticas, isto está além de qualquer coisa que alguém que aspira ser presidente dos Estados Unidos deveria dizer", afirmou a ex-secretária de Estado.

Unidade sob condições

Os democratas de Washington votaram nas primárias uma semana depois de Hillary Clinton ter assegurado o número de delegados necessários para garantir a indicação.

Sanders, senador por Vermont, se nega até o momento a abandonar a disputa contra Clinton, mas na semana passada adotou um tom mais conciliador ao prometer "trabalhar" com a ex-primeira-dama para derrotar Trump em novembro.

Sanders tentará influenciar a plataforma eleitoral democrata antes da convenção partidária, no fim de julho na Filadélfia, que designará oficialmente Hillary Clinton como candidata à presidência.

Mas está subentendido que o senador autoproclamado "democrata socialista", que reuniu milhares de pessoas em sua campanha, especialmente jovens, com sua mensagem antissistema, deve impor condições para formalmente alinhar-se com Hillary Clinton.

O presidente Barack Obama anunciou na semana passada apoio a Hillary Clinton, depois de uma reunião com Bernie Sanders na Casa Branca.

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