A secretária de Estado americana, Hillary Clinton: Hillary disse que dificilmente será convencida a permanecer como secretária além do período imediato de transição (Paul J. Richards/AFP)
Da Redação
Publicado em 26 de outubro de 2012 às 20h08.
Washington - A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse que continua decidida a deixar o cargo no fim do atual mandato presidencial, em janeiro, contrariando os rumores de que permaneceria para tratar de numerosas crises diplomáticas em curso, caso Barack Obama seja reeleito em janeiro.
"Essa ainda é realmente a minha mesma mentalidade", disse Hillary em entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal The Washington Post.
"Tenho como meta sair logo depois da posse. Esse é o meu plano. Mas não pude sentar e conversar com o presidente ainda, porque ele está tentando vencer uma eleição, o que tomara que seja finalizado logo. E aí vamos conversar acerca de como fazer a transição." O futuro de Hillary voltou a ser alvo de especulações depois de o Wall Street Journal noticiar nesta semana que ela cogitava adiar a saída.
A ex-primeira-dama e ex-senadora, muitas vezes citada como possível candidata presidencial pelo Partido Democrata em 2016, disse em várias ocasiões que pretendia passar apenas quatro anos como secretária.
Um assessor alertou jornalistas a não especularem demais sobre uma possível mudança de planos.
Na entrevista, Hillary disse que dificilmente será convencida a permanecer como secretária além do período imediato de transição.
"Realmente não estou aberta a continuar mais, mas também sei que precisamos estar conscientes do trabalho que tem de ser feito", afirmou ela ao Post. "E, mais uma vez, terei de conversar com o presidente." Hillary, apontada como uma das mais populares integrantes do gabinete de Obama, disse que pretende se afastar ao menos temporariamente da vida pública a partir de 2013.
Analistas dizem que, se Obama for reeleito, o comando do Departamento de Estado poderá ser entregue ao senador John Kerry ou à embaixadora norte-americana na Organização das Nações Unidas (ONU), Susan Rice.
As pesquisas indicam uma disputa acirrada de Obama contra o republicano Mitt Romney na eleição presidencial de 6 de novembro.