Mundo

Hillary não descarta investigar intervenção russa nas eleições

Perguntada se existem mecanismos legais para questionar a legitimidade das eleições de 2016, a democrata respondeu: "Basicamente, não acho que exista"

Eleições: a candidata não acredita que seu país tenha um mecanismo legal para isso (Jim Young/Reuters)

Eleições: a candidata não acredita que seu país tenha um mecanismo legal para isso (Jim Young/Reuters)

E

EFE

Publicado em 19 de setembro de 2017 às 06h38.

Washington - A ex-candidata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, não descarta questionar o resultado das eleições de 2016, se a investigação da trama russa concluir que houve uma profunda interferência do Kremlin na disputa, mas acredita que seu país tenha um mecanismo legal para isso.

"Descartaria completamente questionar a legitimidade destas eleições se for concluído que a interferência russa é ainda mais profunda do que sabemos até agora?", perguntou, na segunda-feira, a jornalista Terry Gross, da emissora pública "NPR".

"Não, não descartaria", respondeu Hillary, que horas depois iniciou em Washington a excursão do seu livro sobre a derrota eleitoral "What Happened", um tour que a levará por 15 cidades dos Estados Unidos, além do Canadá.

Perguntada se existem mecanismos legais para questionar a legitimidade das eleições do ano passado, a democrata respondeu: "Basicamente, não acho que exista".

"Há acadêmicos que argumentam que deveria haver. As pessoas estão fazendo estas argumentações. Eu simplesmente acredito que não temos um mecanismo", disse.

O que é claro para Hillary é o papel desempenhado pelo Kremlin nas eleições: "não há dúvida que influenciaram nas eleições, agora sabemos mais sobre como eles fizeram isso", afirmou.

A ex-secretária de Estado, que concedeu várias entrevistas na última semana por conta da publicação de seu livro, criticou duramente a atitude do presidente Donald Trump na trama russa.

"Se eu tivesse perdido no voto popular, mas ganho no Colégio Eleitoral e, no meu primeiro dia como presidente, a comunidade de Inteligência me dissesse que os russos influenciaram as eleições, não teria tolerado isso", disse.

"Mesmo que isso tivesse me beneficiado, teria dito que temos que chegar até o fim disso. Eu teria criado uma comissão independente com poder de convocação e tudo mais", afirmou.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEleições americanasEstados Unidos (EUA)Hillary ClintonRússia

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru