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Hillary convida talibãs a participar no futuro do Afeganistão

A secretária de Estado americana ameaçou os insurgentes que não cooperarem a se prepararem para ser atacados "de forma incessante"

Hillary se reuniu com o presidente afegão Hamid Karzai: "Juntos, (Afeganistão e Estados Unidos) acentuamos nossa pressão sobre os talibãs para tornar mais clara a opção que têm"
 (Kevin Lamarque/AFP)

Hillary se reuniu com o presidente afegão Hamid Karzai: "Juntos, (Afeganistão e Estados Unidos) acentuamos nossa pressão sobre os talibãs para tornar mais clara a opção que têm" (Kevin Lamarque/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2011 às 14h29.

Cabul - A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pediu nesta quinta-feira em Cabul aos insurgentes talibãs que participem no "futuro pacífico do Afeganistão" ou se preparem para ser atacados "de forma incessante".

"Juntos, (Afeganistão e Estados Unidos) acentuamos nossa pressão sobre os talibãs para tornar mais clara a opção que têm. Participar no futuro pacificado do Afeganistão e colocar fim a 30 anos de guerra, ou ser atacados sem descanso", declarou Hillary,

A secretária de Estado fez esta declaração depois de uma reunião com o presidente afegão, Hamid Karzai, na capital do Afeganistão, onde desembarcou na quarta-feira à noite para uma visita surpresa cuja duração não foi informada.

Por sua vez, Hillary anunciou que irá (nesta quinta-feira) à noite ao Paquistão para conversar com os líderes deste país, acrescentando que o encontro será direcionado à cooperação para "aumentar a pressão sobre os refúgios" talibãs em território paquistanês.

A secretária de Estado também anunciou nesta quinta-feira que uma "grande operação militar" está em curso no Afeganistão contra a rede talibã Haqqani.

O ministério de Defesa do Afeganistão havia anunciado na terça-feira que as forças afegãs da Otan lançaram uma operação no leste do país contra os bastiões desta rede, considerada pelos americanos como o grupo insurgente mais ativo e autor de vários ataques recentes de grande porte.

Os Estados Unidos pressionam em vão e há meses o Paquistão, seu aliado na região desde 2001, para que aumente sua ação contra as redes islamitas ao longo da fronteira com o Afeganistão e que ataque em particular a rede talibã Haqqani, inimigo jurado de Washington no Afeganistão, no distrito tribal de Waziristão do Norte.

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