Para a secretária de Estado dos EUA, negociações entre palestinos e israelenses são "o melhor e o único caminho" (Paul J. Richards/AFP)
Da Redação
Publicado em 1 de dezembro de 2012 às 08h23.
Washington- A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, condenou nesta sexta-feira o anúncio de 3 mil novos assentamentos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, e pediu a Israel que tenha 'autoridade moral' sobre a Autoridade Nacional Palestina (ANP) para relançar o processo de paz.
Em discurso no Saban Center para o Oriente Médio, do centro de estudos Brookings de Washington, Hillary ressaltou que os EUA 'estão do lado de Israel', mas criticou o anúncio feito por Tel Aviv em resposta ao reconhecimento da ANP como 'Estado observador não membro' da ONU.
'Deixem-me reiterar que este Governo, assim como os Governos anteriores, foi muito claro com Israel ao indicar que essas atividades atrasam as negociações de paz', avaliou.
Entre os presentes se encontravam o ministro das Relações Exteriores israelense, Avigdor Lieberman, e o da Defesa, Ehud Barak, que se reuniram nesta sexta-feira com a secretária de Estado.
Hillary também manteve um encontro com o primeiro-ministro da ANP, Salam Fayyad, e conversou com o ministro das Relações Exteriores jordaniano, Nasser Judeh, em uma tentativa de acalmar as tensões após o reconhecimento da ONU.
'Devemos convencer os palestinos de que as negociações com Israel representam não só o melhor caminho, mas o único. Quando as duas partes estiverem preparadas para entrar em negociações diretas para resolver o conflito, o presidente Obama será um aliado absoluto para ambos', acrescentou.
Quanto à recente ofensiva israelense sobre Gaza, Hillary assegurou que o ataque ocorreu 'em resposta a uma chuva de foguetes' sobre o sul de Israel, pelo que os 'EUA nunca duvidaram sobrem qual passo deveriam dar'.
'O frágil cessar-fogo está sendo mantido e o céu está claro sobre Israel. Estamos começando a ver tentativas de retomar a vida cotidiana, mas o mundo sabe e sempre saberá que quando Israel for ameaçado os EUA estarão ali', ressaltou. EFE