Hillary Clinton: Hillary tinha previsto testemunhar sobre o caso em dezembro, mas seu estado de saúde fez com que adiasse a data indefinidamente (AFP/ Karen Bleier)
Da Redação
Publicado em 8 de janeiro de 2013 às 19h46.
Washington - A secretária de Estado de EUA, Hillary Clinton, testemunhará no próximo dia 22 de janeiro perante o Senado a fim de esclarecer as circunstâncias do ataque contra o consulado americano em Benghazi (Líbia), anunciou nesta terça-feira o senador republicano Bob Corker.
Corker, que faz parte do Comitê de Relações Exteriores do Senado que investiga o atentado, afirmou que já há data para a esperada declaração de Hillary, recém recuperada de um problema estomacal que provocou uma queda e, consequentemente, um coágulo em uma veia da cabeça.
"Tive boas conversas com seu chefe de gabinete (de Hillary). Entendo que sua audiência vai acontecer provavelmente na manhã do dia 22", disse Corker à rede "NBC".
"Ela está ansiosa por vir e testemunhar sobre Benghazi e acho que é algo importante tanto para ela como para todo nosso país", acrescentou o senador.
Hillary tinha previsto testemunhar sobre o caso em dezembro, mas seu estado de saúde fez com que adiasse a data indefinidamente.
Hillary quer dar sua versão dos fatos ainda como secretária de Estado interino, antes de ceder o posto ao senador John Kerry, de acordo com o Departamento de Estado.
Além disso, Hillary se comprometeu a permanecer em seu posto até que o Senado confirme seu sucessor, cuja audiência não tem ainda data prevista.
O Departamento de Estado não confirmou ainda a data anunciada por Corker, embora hoje sua porta-voz, Victoria Nuland, antecipou que já falou "com o Senado sobre a data específica".
Se for confirmada a data, a declaração de Hillary vai acontecer um dia depois do presidente americano, Barack Obama, fazer seu juramento de posse para um segundo mandato, e justo quando o Congresso voltar ao trabalho após recesso.
O ataque de Benghazi aconteceu em 11 de setembro, quando um grupo armado assaltou o consulado dos EUA na Líbia e matou o embaixador Chris Stevens e outros três funcionários americanos.
Um comitê independente e a própria investigação do Senado chegaram à conclusão de que houve erros graves na proteção da missão diplomática e alguns críticos assinalam que a responsabilidade corresponde a Hillary, quem liderou uma investigação interna.
"Hillary deseja que cada recomendação dos relatórios (da investigação interna) esteja em caminho de ser aplicada para o momento em que seu sucessor inicie a gestão", afirmou Victoria na segunda-feira.