Hillary Clinton (Win McNamee/Getty Images)
EFE
Publicado em 13 de outubro de 2017 às 13h36.
Londres - A ex-candidata à presidência dos Estados Unidos Hillary Clinton comparou o comportamento do produtor de cinema Harvey Weinstein, acusado de numerosas agressões sexuais, com o do presidente americano Donald Trump em uma entrevista à "BBC".
Em declarações ao Programa de Andrew Marr, que será transmitido no domingo, mas que teve trechos divulgados nesta sexta-feira, Hillary diz que sentiu "comoção" e "tristeza" ao ser informada das acusações contra Weinstein, que ajudou a financiar sua campanha eleitoral e foi benfeitor do Partido Democrata.
"Realmente elogio as mulheres que tiveram coragem de contar suas histórias", afirma na entrevista.
"É importante que não nos centremos só nele e em quaisquer que sejam as consequências sobre seu comportamento, mas sim devemos reconhecer que este tipo de comportamento não pode ser tolerado em nenhum lugar, seja entretenimento ou política", manifesta.
"Enfim, temos no Escritório Oval (da Casa Branca) alguém que admitiu ser um agressor sexual", diz Hillary, em alusão à confissão nesse sentido feita por Trump em uma gravação de 2005 que foi divulgada em 2016, durante a campanha eleitoral entre ambos.
"A parte realmente triste da campanha foi como as coisas horrorosas que disse das mulheres no passado e na campanha foram evitadas por muitos eleitores", lamentou a ex-candidata democrata, que está no Reino Unido para promover seu novo livro de memórias, "What Happened".
Perguntada sobre se Trump e Weinstein têm semelhanças, Hillary Clinton apontou que, sem ser "psicóloga", pode ver que "há relatos credíveis de mulheres sobre ambos que soam muito similares".