Hillary Clinton e o presidente palestino em Ramallah: Abbas disse a ela que o Egito, que está no centro das negociações entre Israel e os grupos armados, é a "chave de tudo" (Alaa Badarneh/AFP)
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2012 às 10h38.
Cairo - A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, chegou nesta quarta-feira à tarde ao Cairo para se reunir com o presidente egípcio, Mohamed Mursi, comprometido com os esforços por uma trégua no conflito de Gaza, indicou uma fonte aeroportuária.
Hillary chegou à capital do Egito proveniente de Jerusalém, onde havia se reunido com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Ela também teve um encontro de manhã em Ramallah (Cisjordânia) com o presidente palestino, Mahmud Abbas.
A secretária de Estado americana deve ir diretamente para a sede da Presidência para se reunir com Mursi, depois terá uma reunião com o chefe da diplomacia egípcia, Mohammed Kamel Amr, antes de se reunir com o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al-Arabi.
Na terça-feira à noite em Jerusalém, ela considerou "essencial obter uma redução na escalada da situação em Gaza", manifestando a Netanyahu o compromisso "inquebrantável" dos Estados Unidos com a segurança de Israel.
Nesta quarta de manhã, o presidente palestino disse a ela que o Egito, que está no centro das negociações entre Israel e os grupos armados, é a "chave de tudo", declarou o negociador Saeb Erakat.
Mursi havia dito na terça-feira que espera que uma trégua seja concluída "em breve", de acordo com uma fonte da presidência. Várias autoridades egípcias e do Hamas haviam indicado que esperam uma resposta de Israel a uma proposta de trégua feita pelo Cairo.
Do lado israelense, o porta-voz de Netanyahu, Mark Regev, afirmou nesta quarta de manhã à AFP que "a diplomacia ainda está em ação" e que Israel "não abandonou ainda a esperança de ter uma solução a longo prazo pela via diplomática".
Pelo menos 135 palestinos morreram e mais de mil ficaram feridos em ataques aéreos no enclave palestino desde o início na quarta-feira passada da operação israelense contra os grupos armados de Gaza. Cinco israelenses, incluindo um soldado, foram mortos atingidos por foguetes palestinos.