Hillary Clinton, secretária de Estado dos EUA: preocupação com a Líbia (Michael Nagle/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 1 de março de 2011 às 14h12.
Washington - A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, advertiu nesta terça-feira que Líbia corre o risco de uma "guerra civil prolongada" e informou que os Estados Unidos consideram criar uma "zona de exclusão aérea" para conter a violência no país.
Os EUA realizam consultas com seus aliados da Otan para planejar ações necessárias, entre as quais uma zona de exclusão aérea, revelou Hillary durante uma audiência do Comitê de Assuntos Exteriores da Câmara de Representantes sobre o orçamento de ajuda externa para 2012.
"Com relação à Líbia, os Estados Unidos mostraram liderança ao impor sanções restritas", entre estas o congelamento dos bens de líder líbio Muammar Kadafi, explicou a chefe da diplomacia americana.
O Governo dos EUA "não tira nenhuma opção da mesa" e a criação de uma zona de exclusão aérea "é uma ação" que "revisa ativamente", enfatizou o diplomata, sem oferecer mais detalhes.
Como disse, Líbia enfrenta vários cenários possíveis, incluindo "mergulho no caos", por isso que há muito em jogo para impedir uma maior desestabilização na zona.
Hillary, quem retornou na véspera de uma série de reuniões em Genebra para analisar a crise na Líbia, elogiou a resolução aprovada no sábado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e declarou que haverá mais anúncios da União Europeia e de outros países com relação à Líbia.
Disse ainda que os Estados Unidos estão cientes dos esforços de Kadafi de defender a área de Trípoli e outros locais, e que o Governo americano "respeita", além disso, "o desejo" das forças de oposição líbias de atuar sem ingerência estrangeira.
Hillary participou nesta terça do Comitê para defender o orçamento do Departamento de Estado para o ano fiscal 2012 que começa em outubro.