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Hidrelétricas do Pará inundarão área maior que a de SP

São Paulo - Uma área da floresta Amazônica superior ao território da cidade de São Paulo será inundada pelas hidrelétricas localizadas em unidades de conservação no Pará e que deverão entrar em operação até 2019, de acordo com o Plano Decenal de Energia. Dados preliminares dos projetos de cinco das usinas do Complexo Tapajós, disponíveis […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

São Paulo - Uma área da floresta Amazônica superior ao território da cidade de São Paulo será inundada pelas hidrelétricas localizadas em unidades de conservação no Pará e que deverão entrar em operação até 2019, de acordo com o Plano Decenal de Energia.

Dados preliminares dos projetos de cinco das usinas do Complexo Tapajós, disponíveis no sistema de licenciamento ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), mostram que as áreas de reservatório dessas hidrelétricas somarão 1.980 km², área 30% maior que a cidade de São Paulo.

Juntas, essas usinas têm potência de 10,5 mil MW, quase uma Belo Monte, a maior hidrelétrica brasileira, com 11,2 mil MW, recentemente leiloada. Em comparação, Belo Monte irá inundar 516 km² na criação do reservatório.

No plano que a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) lançou à consulta pública na terça-feira, o Complexo Tapajós aparece como responsável por quase a terça parte do aumento da oferta de energia no País na próxima década. "Acho muito pouco, o que estamos propondo é um mínimo de devastação", defende Luiz Fernando Rufato, superintendente da Eletronorte, referindo-se à área a ser alagada. A estatal bancou os estudos de viabilidade dos empreendimentos ao lado das empreiteiras Camargo Corrêa e CNEC Engenharia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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