Simpatizantes do Hezbollah: organização advertiu que se o Ocidente passar para a ação "ameaçará a paz civil na região e no mundo" (Anwar Amro/AFP)
Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2014 às 15h25.
Beirute - O Hezbollah xiita libanês, principal aliado do regime de Damasco, rejeitou nesta quinta-feira as ameaças de ataque militar contra a Síria, e acusou os Estados Unidos de praticar um "terrorismo planejado".
Em um comunicado publicado após uma reunião de seu bloco parlamentar, o Hezbollah, envolvido militarmente no conflito sírio ao lado do Exército sírio, advertiu que se o Ocidente passar para a ação "ameaçará a paz civil na região e no mundo".
Trata-se de uma primeira reação às ameaças de intervenção militar na Síria do partido xiita, um dos mais próximos aliados do regime do presidente Bashar al-Assad.
A possibilidade de ataques, planejados pelos Estados Unidos e a França, como punição ao regime por seu suposto uso de armas químicas contra civis, tem se confirmado com um primeiro voto favorável da Comissão de Relações Exteriores do Senado americano.
O Hezbollah afirma que o objetivo das ameaças é de "apoiar Israel e reforçar o colonialismo ocidental sobre a região".
"O envolvimento da administração americana em uma agressão direta contra a Síria reforça a convicção do Hezbollah de que a crise que atinge há dois anos este país faz parte de um complô estratégico cujo objetivo é colocar a região sob controle estrangeiro", ressalta o comunicado.