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Hezbollah ameaça fazer de Israel um "inferno" caso ataque

"O preço de uma guerra contra o Líbano será muito caro. Faremos de sua vida um inferno", afirmou Nasrallah em discurso por videoconferência


	Hassan Nasrallah: o líder xiita garantiu que "uma guerra agora será muito mais custosa que a de julho de 2006"
 (Wikimedia Commons)

Hassan Nasrallah: o líder xiita garantiu que "uma guerra agora será muito mais custosa que a de julho de 2006" (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2012 às 15h59.

Beirute - O chefe do grupo xiita Hezbollah, o xeque Hassan Nasrallah, ameaçou Israel nesta sexta-feira em transformar a vida de seus cidadãos em "um inferno" e causar "dezenas de milhares de vítimas" caso decida atacar de novo o Líbano.

"O preço de uma guerra contra o Líbano será muito caro. Faremos de sua vida um inferno. Não se falará de centenas de vítimas, mas de dezenas de milhares", afirmou Nasrallah em discurso por videoconferência.

Para marcar o 43º aniversário do Dia Mundial de Jerusalém (Al Quds), o líder xiita garantiu que "uma guerra agora será muito mais custosa que a de julho de 2006", em referência ao conflito entre Israel e Hezbollah em solo libanês, que matou cerca de 1.200 libaneses e 164 israelenses.

"Em 2006, dois idiotas, Ehud Olmert (ex-primeiro-ministro) e Amir Peretz (ex-ministro da Defesa), cometeram um grave erro lançando sua guerra contra o Hezbollah. Hoje digo aos israelenses: vocês têm dois idiotas novamente, (Benjamin) Netanyahu e (Ehud) Barak, ameaçando atacar o Irã", disse ele.

"A República Islâmica espera há 32 anos passar para a ofensiva. Israel tem medo do Irã, já que o Estado islâmico é cada vez mais poderoso", completou.

Além disso, Nasrallah garantiu que não pedirá permissão a ninguém para defender seu país, respondendo de modo indireto aos que pedem o desarmamento do Hezbollah para que as armas estejam sob o controle do Estado.

Quanto ao conflito sírio, o líder criticou a decisão há dois dias da Organização da Cooperação Islâmica de suspender a participação deste país para isolar o regime do presidente Bashar al Assad.

Para Nasrallah, esta medida em vez de fomentar o diálogo "encoraja os sírios a continuarem a guerra", por isso teria sido mais adequado formar uma delegação que viajasse para Damasco, Ancara e aos países árabes envolvidos na crise para pôr fim "ao banho de sangue" na Síria.

O dirigente do Hezbollah também fez alusão à atual situação que vive o Líbano, onde aconteceram os sequestros de sírios como vingança pela captura de libaneses na Síria supostamente pelos rebeldes.

Nasrallah negou a participação do Hezbollah e do movimento xiita Amal na onda de sequestros e pediu ao clã Mokdad, autor do rapto de dezenas de sírios para trocá-los por um de seus membros, a "assumir suas responsabilidades".

O Líbano está muito dividido em relação ao conflito sírio, já que uma parte apoia os revolucionários e outra - liderada pelo Hezbollah - o regime de Assad. 

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