Fãs deixam local de show após ataque em Manchester: explosão matou 22 pessoas e feriu mais de 50 (Darren Staples/Reuters)
Gabriela Ruic
Publicado em 30 de janeiro de 2018 às 17h31.
Última atualização em 30 de janeiro de 2018 às 17h35.
São Paulo – O britânico Chris Parker, 33 anos, foi condenado nesta terça-feira, 30 de janeiro, por ter roubado as vítimas do ataque terrorista que abalou a cidade de Manchester (Reino Unido) em maio de 2017. O atentado foi conduzido por um homem-bomba na saída do show da artista americana Ariana Grande numa explosão que deixou 22 mortos e mais de 50 feridos.
Alçado ao posto de “herói” do incidente, Parker deu dezenas de entrevistas contando como havia socorrido as pessoas atingidas pela bomba. “Me jogou no chão (a explosão) ”, contou na ocasião ao jornal local Manchester Evening News, em entrevista repercutida pelo The Independent. “Eu levantei e meu instinto me mandou de volta para tentar ajudar”.
Esses relatos velozmente se espalharam pelo mundo e emocionaram a todos. Dias depois, no entanto, vídeos de câmeras de segurança mostraram uma história bem diferente: invés de ajudar as pessoas, ele estava furtando as vítimas que agonizavam no chão. Parker foi levado a julgamento e admitiu no início de janeiro os atos criminosos.
Ainda segundo o The Independent, ele confessou ter furtado a bolsa de uma idosa que estava caída ao lado da neta morta e ter usado o seu cartão para comprar comida em um restaurante fast-food. Declarou, ainda, ter roubado o celular de uma adolescente de 14 anos. "Não foi o herói que pretendia ser, foi apenas um ladrão", declarou o juiz ao anunciar a condenação.
Na época do atentado, um grupo chegou a levantar 50 mil libras (mais de 200 mil reais) em doações para ajudá-lo deixar as ruas e para “mostrar gratidão por suas ações”. Após a notícia de que Parker havia furtado as pessoas, informou o jornal El País, a plataforma escolhida por essas pessoas para arrecadar o dinheiro disse que irá devolver o montante aos doadores.