Lee Jae-yong: também foi considerado culpado de malversação de € 4,8 milhões, de ocultar ativos no exterior e de perjúrio (Lee Jae-yong/Pool/Reuters)
EFE
Publicado em 25 de agosto de 2017 às 06h20.
Última atualização em 25 de agosto de 2017 às 09h12.
Seul - O herdeiro e executivo da Samsung, Lee Jae-yong, foi condenado nesta sexta-feira por um tribunal da Coreia do Sul a cinco anos de prisão por seu envolvimento no caso de corrupção conhecido como "Rasputina", informou a agência local "Yonhap".
A Justiça sul-coreana considerou provado que Lee pagou propina à ex-presidente Park Geun-hye com a expectativa de obter favores do governo em sua consolidação como líder do grupo, entre outros crimes.
O tribunal opinou que Lee esteve envolvido na doação por parte de sua empresa de 7,2 bilhões de wons (5,4 milhões de euros) para o financiamento do programa de equitação na Alemanha da filha de Choi Soon-sil, que ficou conhecida como "Rasputina" e é considerada o cérebro da trama de corrupção que desencadeou a destituição e detenção da ex-presidente da Coreia do Sul.
O herdeiro do maior conglomerado empresarial do país asiático também foi considerado culpado de malversação de 6,4 bilhões de wons (4,8 milhões euros), de ocultar ativos no exterior e de perjúrio por ter oferecido várias versões em seus depoimentos à Justiça.
O Ministério Público sul-coreano solicitou 12 anos de prisão pelas acusações.
Após ouvir o veredicto, a defesa de Lee disse que não aceitava a decisão e assegurou que recorrerão "o mais rápido possível", segundo a "Yonhap".
A Justiça sul-coreana também decretou hoje quatro anos de prisão para outros dois executivos do grupo Samsung por envolvimento no caso.
Lee, de 49 anos, está detido desde meados de fevereiro, quando a promotoria apresentou acusações contra ele por esses crimes cometidos dentro do caso "Rasputina".
O processo judicial de Lee, que começou em 9 de março, causou grande expectativa no país asiático, onde a ação está sendo chamada de "o julgamento do século" devido às repercussões que o mesmo pode ter para a imagem do maior conglomerado sul-coreano e sua possível influência na sentença futura sobre a ex-presidente Park.