Oscar Pérez, policial da Venezuela (Christian Veron/Reuters)
EFE
Publicado em 28 de junho de 2017 às 18h04.
Última atualização em 28 de junho de 2017 às 19h07.
Caracas - O vice-presidente da Venezuela, Tareck El Aissami, informou nesta quarta-feira que o helicóptero usado ontem para atacar o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) foi localizado pelas autoridades em uma cidade do estado de Vargas, próximo a Caracas, e indicou que até o momento não há detidos por este incidente.
"Apesar das condições climáticas adversas, a nossa Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) localizou o helicóptero que foi empregado no dia de ontem em dois ataques terroristas a instituições do Estado venezuelano", disse El Aissami em um contato telefônico com a emissora estatal "VTV".
Segundo o governo, um agente da polícia científica venezuelana (CICPC), chamado Oscar Pérez, furtou ontem um helicóptero com o qual sobrevoou as sedes do Ministério de Interior e do TSJ em Caracas, onde lançou quatro granadas e realizou disparos.
El Aissami explicou que a aeronave foi achada na cidade de Osma, no litoral central venezuelano, e "está neste momento sendo inspecionada" para sua posterior transferência até Caracas.
Além disso, disse que até o momento não há nenhuma pessoa detida, razão pela qual posicionaram agentes de segurança do Estado na região, e solicitou "o acompanhamento do povo "nas investigações.
No julgamento do vice-presidente, este achado mostra "a capacidade de reação imediata que tem o povo da Venezuela" perante os ataques efetuados por um "agente traidor".
"Vamos continuar agora mesmo desdobrando forças especiais em toda a área para determinar que outros movimentos pôde ter feito e as possíveis cumplicidades", acrescentou.
O ministro de Interior e Justiça, Néstor Reverol, disse hoje que a Venezuela emitiu uma ordem de captura internacional vermelha contra o agente Pérez.
Segundo Reverol, os ataques de ontem têm como objeto "elevar a escalada golpista e a sua ofensiva insurrecional e a espiral de violência" que, segundo sustenta, foi convocada pela oposição venezuelana, a qual acusou de manter um "silêncio cúmplice" perante estes incidentes.