Mundo

Hamas pede que pessoas "assediem" embaixadas dos EUA no mundo

Segundo o movimento, "revolução na Palestina e no exterior não cessará" até que Trump retifique sua declaração sobre Jerusalém

Hamas: convocação foi direcionada ao "povo livre do mundo" (Mohammed Salem/Reuters)

Hamas: convocação foi direcionada ao "povo livre do mundo" (Mohammed Salem/Reuters)

E

EFE

Publicado em 15 de dezembro de 2017 às 10h28.

Gaza - O movimento islamita Hamas pediu nesta sexta-feira que o mundo "assedie" as embaixadas dos Estados Unidos no mundo todo em represália ao reconhecimento por parte do presidente Donald Trump de Jerusalém como capital de Israel.

"Chamamos o povo livre do mundo a assediar as embaixadas dos EUA no mundo todo, até que Trump retire sua declaração", afirmou hoje o vice-chefe do movimento na Cidade de Gaza, Khalil al Hayah.

"A nossa revolução na Palestina e no exterior não cessará até que retifique sua declaração", insistiu.

Trump anunciou no último dia 6, em discurso televisionado desde a Casa Branca, sua decisão de transferir a Embaixada americana de Tel Aviv a Jerusalém, que foi seguida por protestos na região além da rejeição diplomática de múltiplos países.

"A decisão será confrontada com a unidade e com a luta de nossos jovens contra as forças da ocupação em todos os territórios palestinos", prometeu o dirigente islamita.

Hoje foi convocada uma nova jornada de protestos e ocorreram pequenos confrontos em Jerusalém com a polícia.

Apesar de as manifestações palestinas se repetirem quase diariamente, a intensidade foi menor do que em crises passadas e não se pode dizer que as chamadas a uma Terceira Intifada do líder do Hamas, Ismail Haniya, tenham tomado forma no terreno.

Mesmo assim, o aumento da tensão e os confrontos com as forças de segurança israelenses provocaram dois mortos (em Gaza) e 500 feridos.

Além disso, neste período, milicianos em Gaza lançaram mais de 15 projéteis contra Israel, quatro dos quais foram interceptados, outros oito caíram em solo israelense sem provocar vítimas e um número indeterminado caíram na Faixa de Gaza.

Estes provocaram a resposta de bombardeios do Exército, nos quais dois palestinos morreram.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEstados Unidos (EUA)HamasJerusalém

Mais de Mundo

Trump diz que enviará imigrantes para prisão em Guantánamo

'Não sou antivacina', diz Robert Kennedy Jr. no Senado americano

Governo Trump desiste de corte de repasses que barrou ao menos US$ 1 trilhão em recursos

Indicado de Trump diz que grandes tarifas sobre o México serão decididas em abril