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Hamas está inclinado a aceitar trégua, diz autoridade

Israel e o Hamas seguem negociando durante uma trégua de cinco dias, confirmada nesta semana e que deve acabar na segunda-feira


	Gaza: diálogo pretende assegurar fim do conflito em Gaza e redesenhar mapa da região
 (Roberto Schmidt/AFP)

Gaza: diálogo pretende assegurar fim do conflito em Gaza e redesenhar mapa da região (Roberto Schmidt/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2014 às 17h32.

Cairo - Negociadores do Hamas se encontraram com os líderes do grupo militante nesta sexta-feira, no Catar, para discutir se concordam com uma trégua de longo prazo com Israel.

Uma autoridade afirmou que o grupo estaria inclinado a aceitar a proposta mediada pelo Egito.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também se encontrou com oito membros do gabinete de segurança durante três horas nesta sexta-feira para discutir os próximos passos do país.

Eles não quiseram fazer comentários sobre a reunião.

Israel e o Hamas seguem negociando durante uma trégua de cinco dias, confirmada nesta semana e que deve acabar na segunda-feira.

O diálogo tem como objetivo assegurar o fim do conflito da Faixa de Gaza e redesenhar o mapa da região, que foi bastante prejudicada pelo combate.

Representantes de facções palestinas no Cairo afirmaram que houve progresso nas negociações. Uma autoridade do Hamas disse que só falta o grupo aceitar a oferta e que eles já estavam finalizando o acordo.

Ele afirmou que a decisão daria fim às hostilidades e responderia a algumas das necessidades imediatas do Hamas, incluindo a provisão de materiais para a reconstrução da Faixa de Gaza.

A proposta deve incluir a suspensão de algumas restrições impostas à Faixa de Gaza por Israel e Egito após o Hamas tomar o controle da região, em 2007.

O Egito sugere que as forças do governo central da palestina, gerido pelo presidente Mahmoud Abbas, assumam a responsabilidade pela fronteira.

A União Europeia também se ofereceu para cuidar das divisas de Gaza para evitar o comércio de armas ilegais, insistindo na importância de um cessar-fogo de longa duração.

Os ministros das Relações Exteriores europeus disseram que um retorno ao status quo no qual o país se encontrava antes da última guerra "não é uma opção".

A UE está preparada para "desempenhar um papel relevante" no controle das divisas, enquanto garante a segurança de Israel, disse a gerente de Política Estrangeira do bloco econômico, Catherine Ashton.

O grupo de países europeus se ofereceu para reativar e estender sua missão em Rafah, na fronteira com o Egito, e outros postos de controle, contanto que haja um mandato do Conselho de Segurança da ONU e um cessar-fogo sustentável.

A trégua recente é a mais longa declarada desde o começo do conflito, no mês passado.

Os ataques entre israelenses e o Hamas mataram mais de 1.900 palestinos, a maioria deles civis, de acordo com autoridades palestinas e da Organização das Nações Unidas (ONU).

Em Israel, 67 pessoas morreram, incluindo três soldados. Fontes: Associated Press e Dow Jones Newswires.

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